Um estudo recente divulgado pelo QuintoAndar pro Jornal do Comércio, do Rio Grande do Sul, mostrou que, com o início da pandemia da Covid-19, os porto-alegrenses passaram a buscar mais casas ou imóveis em bairros mais distantes pra alugar. O levantamento mostra uma clara tendência dos moradores de Porto Alegre em privilegiar espaços de convivência maiores em seus lares e mais contato com a natureza.
Crescimento na busca por casas
De acordo com o QuintoAndar, as casas de condomínio tiveram um aumento de 20% nas buscas no segundo trimestre de 2020, em comparação ao primeiro trimestre. As casas passaram a ser 5% mais buscadas. Enquanto os apartamentos (-2%) e as kitnetes e studios (-13%) registraram queda no interesse dos moradores de Porto Alegre.
“A mudança foi muito rápida. Foi um choque. Usamos a inteligência de dados para conseguir entender melhor o que a pessoa quer e colocar mais atenção para aumentar a oferta”, disse Arthur Malcon, gerente executivo de estratégia do QuintoAndar, ao Jornal do Comércio.
Bairros mais buscados
Os dados divulgados pela publicação mostram que os quatro bairros com maior aumento percentual de procura estão todos fora dos eixos mais centrais da cidade. São eles:
- Jardim Itu-Sabará (74%)
- Vila Ipiranga (51%)
- Alto Petrópolis (27%)
- Tristeza (25%)
- Cavalhada (19%)
Bairros menos buscados
Por sua vez, os bairros com maior registro de queda na buscas por parte dos moradores de Porto Alegre foram:
- Partenon (-25%)
- Floresta (-12%)
- Cristo Redentor (-11%)
- Jardim Botânico (-9%)
- Centro Histórico (-7%)
Imóveis maiores
Outro fator observado no estudo foi o aumento da preferência por imóveis maiores. De acordo com o QuintoAndar, as buscas por imóveis com três quartos teve crescimento de 30%. E as opções com quatro quartos cresceram 29%.
Além disso, outras preferências foram identificadas no período da pandemia, como a busca por imóveis com churrasqueira, com aumento de 71%, sol da tarde (37%) e luminosidade natural (11%).
Na mão contrária, as buscas por imóveis perto do trem ou do metrô sofreram uma queda de 35%.
