Juros imobiliários 2024: tudo o que você precisa saber para comprar seu imóvel

As taxas de juros imobiliários mudam de acordo com a economia. Isso porque taxa Selic e financiamento andam de mãos dadas. Entenda os juros imobiliários 2024 e quais são as perspectivas.

Por Redação - 21/06/2024 às 17:29
Atualizado: 24/06/2024 às 10:18
Foto que ilustra matéria sobre juros imobiliários mostra uma calculadora com botões vermelhos em destaque, com uma caneta preta ao lado, ambas em cima de alguns papéis

Financiar um imóvel pode ser mais ou menos vantajoso de acordo com o momento em que o contrato é feito. Nesse cenário, como estão os juros imobiliários em 2024?

Primeiro, você precisa saber que eles variam muito segundo a situação econômica do país. Por isso, taxa Selic e financiamento andam de mãos dadas.

Isso porque a taxa básica de juros da economia é a referência para todas as linhas de crédito no país. No dia 18 de junho de 2024, o índice estava em 10,5% ao ano, puxando para cima as alíquotas do financiamento imobiliário em 2024.

Por outro lado, a Selic em alta pode ser oportunidade para investidores de imóveis. Então, quais são as previsões de juros e como está o mercado imobiliário 2024? É isso que responderemos a partir de agora.

Confira o que você vai ler aqui:

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O que são juros imobiliários?

Juros imobiliários são uma taxa aplicada sobre o valor emprestado para a aquisição de uma casa ou apartamento. Eles representam o “custo” do dinheiro, isto é, quanto a instituição financeira receberá a título de remuneração pelo crédito concedido. Ao mesmo tempo, essa alíquota compensa os riscos de inadimplência.

Basicamente, as taxas de juros imobiliários podem ser fixas ou variáveis. As primeiras permanecem constantes durante todo o pagamento da linha de crédito. As segundas sofrem reajustes conforme algum índice de mercado, como o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), Taxa Referencial (TR) ou Selic.

Além disso, os juros imobiliários 2024 podem ser classificados como:

  • Taxa nominal: é a taxa fixa, que é citada em todos os contratos de financiamento;
  • Taxa real: é a alíquota aplicada com correção do IPCA (inflação oficial do Brasil);
  • Taxa efetiva: é utilizada quando há capitalização, o que exige a conversão da taxa nominal em efetiva.

De toda forma, mesmo que você conheça a taxa de juros do seu contrato, é importante sempre analisar o Custo Efetivo Total (CET). Ele representa o valor que você realmente vai pagar, já que incluir juros e encargos.

O efeito da taxa Selic sobre os juros imobiliários

A taxa básica de juros do país, a Selic, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, serve como referência para todos os empréstimos e financiamentos do país. 

Isso ocorre porque a Selic é uma remuneração fácil de ser obtida e com pouco risco: basta alocar o dinheiro no Tesouro Selic, com garantia do governo.

Assim, qualquer empréstimo que traga risco adicional ao credor tende a cobrar um pouco mais do que os juros básicos. Ou seja, se a Selic sobe, os juros em geral sobem — e as taxas imobiliárias entram nessa conta.

A correlação, contudo, não é perfeita. Em outras palavras, os juros imobiliários sobem com a Selic, mas não na mesma intensidade.

Por exemplo, entre janeiro de 2021 e agosto de 2022, a taxa Selic escalou de 2% para 13,75% ao ano. Enquanto isso, de acordo com o TradingView, as taxas médias do financiamento imobiliário praticadas pelos bancos saíram de 7,5% para 11,66% ao ano. Depois disso, com a Selic estável, a média chegou a 11,96% ao ano, em abril de 2023.

Um fenômeno similar foi possível de observar entre 2016 e 2020, quando a Selic caiu de 14,25% para 2% ao ano. No mesmo período, a média dos juros imobiliários foi da casa dos 15% para a faixa dos 7% ao ano.

O que esperar do mercado imobiliário em 2024?

Você pode esperar do mercado imobiliário em 2024 uma alta dos preços das propriedades e taxas de juros medianas. Mesmo assim, as vendas de imóveis aumentaram 6% somente no 1° trimestre do ano.

A tendência, porém, é que o volume de financiamento imobiliária diminua. Isso porque a poupança — principal fonte de recursos dessa linha de crédito — está apresentando redução dos depósitos. Portanto, há menos capital disponível para contratação.

Como comprar um imóvel em 2024?

Para comprar um imóvel, você precisa pesquisar as taxas de juros imobiliários 2024 e procurar a instituição financeira. O recomendado é que seja o banco com o qual você tem relacionamento, já que isso pode levar à aplicação de alíquotas menores devido à análise de crédito.

Ou seja, conforme o seu histórico de relacionamento com o banco, é possível obter uma taxa de juros menor. Aqui, o seu score de crédito também faz toda a diferença.

Como os juros imobiliários estão se comportando em 2024

Os juros imobiliários 2024  estão se comportando de maneira estável e devem ficar nesse patamar nos próximos meses. Isso porque o Copom já sinalizou que deve diminuir o ritmo de queda dos juros. Por sua vez, o Boletim Focus de 17 de junho indicou que a reunião do Comitê entre os dias 18 e 19 de junho deve resultar na manutenção da Selic em 10,5% ao ano, com potencial para terminar o ano dessa forma.

É nesse cenário que o Brasil está hoje. Com a divulgação do IPCA de maio/24, estamos com uma inflação de 3,943% em 12 meses, cifra totalmente dentro da meta do país. Ainda assim, há receio de que os preços se descontrolem.

Vale lembrar que a taxa Selic passou por quedas constantes em 2024. Para ter uma ideia, janeiro começou com uma alíquota em 11,75% ao ano e chegou a 10,5% ao ano em maio. Essa foi uma medida popular, já que a redução dos juros faz com que os empréstimos, as dívidas e os financiamentos fiquem mais baratos. Isso incentiva a atividade econômica, o PIB, o consumo e a geração de empregos.

Entretanto, a taxa Selic é fundamental para conter a inflação. Por conta disso, o Copom realiza análises aprofundadas para tentar atingir o equilíbrio. Na prática, quando a alta de preços começa a ficar sob controle, a tendência é a de que os juros voltem a cair.

O impacto dos juros imobiliários no seu bolso

Os juros do financiamento imobiliário na hora da contratação possuem forte impacto na vida financeira de quem adquire um imóvel.

Para exemplificar, vamos utilizar o exemplo de um financiamento que utilize uma taxa prefixada, a mais utilizada pelos bancos. Imaginemos três contratos diferentes:

  • Contrato A: taxa de 6% ao ano;
  • Contrato B: taxa de 9% ao ano;
  • Contrato C: taxa de 12% ao ano.

Considerando um valor financiado de R$ 500 mil, ao longo de 30 anos, pela tabela Price (prestações iguais), a parcela, em cada contrato, seria de, aproximadamente:

  • Contrato A: R$ 2.946,85 mensais;
  • Contrato B: R$ 3.897,41 mensais;
  • Contrato C: R$ 4.908,22 mensais.

Ao fim do financiamento, teria sido desembolsado o valor total de:

  • Contrato A: R$ 1.060.866;
  • Contrato B: R$ 1.403.067;
  • Contrato C: R$ 1.766.959.

Embora a diferença percentual dos juros pareça pequena, isso mostra o quanto impacta o bolso de quem contrata um financiamento.

Além da taxa em si, é importante ficar atento também a outros custos e também ao indexador que pode se somar à taxa. No geral, utiliza-se a TR, mas também há opções como poupança e IPCA (com o histórico instável do Brasil, é extremamente arriscado).

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Desse modo, além de ler o cenário, o comprador de imóveis precisa pesquisar para saber onde obter a melhor taxa de financiamento.Quem compra pelo QuintoAndar, além de contar com um processo ágil e sem burocracias, pode comparar as melhores taxas do mercado e ainda tem à disposição a expertise de um especialista, que orientará sobre como proceder com o financiamento.

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