Depois de um ano e meio de altas consecutivas a cada reunião, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), em seu último encontro ocorrido nos dias 20 e 21 de setembro, optou por manter estável a taxa básica de juros da economia nacional (Selic) em 13,75% ao ano.
Entenda como a Selic interfere no mercado imobiliário e quais medidas devem tomar os investidores.
É difícil cravar quais são todos os efeitos da alta dos juros para o mercado imobiliário. Entretanto, existem três reflexos mais diretos sobre esse segmento da economia:
1. Quanto maior a Selic, maiores tendem a ser os juros do financiamento imobiliário Quando a taxa básica de juros sobe, os juros de todos os empréstimos concedidos no país tendem a subir, embora essa correlação não seja proporcionalmente perfeita.
2. Selic alta interfere na atratividade da renda fixa Quando a taxa Selic está em alta, o investidor de imóveis costuma enfrentar um grande dilema relacionado à rentabilidade do patrimônio.
Afinal, com o governo pagando 13,75% a.a., mais de 1% ao mês, é de se pensar se compensa manter o patrimônio alocado em um imóvel ou se é melhor deixar esse dinheiro no Tesouro Selic.
3. Redução da demanda por compra pode estimular mercado de aluguéis O financiamento caro tende a segurar a compra de imóveis para um momento futuro, o que pode, temporariamente, aquecer ainda mais o mercado de aluguéis.
Por mais que oscilações de variáveis econômicas possam ser mais ou menos favoráveis, elas não justificam nenhuma mudança radical a respeito do patrimônio.