O aumento do aluguel é um dos temas mais importantes da relação entre proprietários e inquilinos. De um lado, ele representa a preservação do poder de compra e da rentabilidade projetada no início do contrato. Do outro, traz o desconforto da alta de preços para o bolso de quem paga.
Neste primeiro semestre de 2022, contudo, é possível identificar dois fenômenos distintos quando se trata do aumento de aluguel.
Enquanto os preços praticados em novos contratos vem subindo, o reajuste de contratos antigos vem ficando estável – em alguns casos, o aluguel pode até baixar…
Neste texto, explicamos os motivos dessa diferença no aumento do aluguel em cada caso.
Navegue pelo conteúdo:
- Aumento de aluguel em 2023: novos contratos seguem em alta
- Reajuste do aluguel está mais baixo e pode até ser negativo
- Como achar o preço mais justo do aluguel para proprietários e inquilinos
Aumento de aluguel em 2023: novos contratos seguem em alta
De acordo com o Índice QuintoAndar, o aumento do aluguel médio (m²) em São Paulo e no Rio de Janeiro foi de 5,85% e 4,65% apenas nos três primeiros meses do ano.
O Índice é um estudo divulgado pela maior plataforma de moradia do país com base em sua própria movimentação de anúncios, visitas, vendas e contratos de aluguel fechados.
Os números do 1º trimestre confirmam a tendência de preços de 2022, quando o aluguel residencial subiu 15,5% em 2022 na cidade de São Paulo, contra 3,1% em 2021 e queda de -5,4% em 2020, pico da pandemia.
No Rio, a alta do ano passado foi de 17,1%, ante 6,4% em 2021 e baixa de -2,5% há três anos.
Segundo o estudo, o retorno ao trabalho presencial vem favorecendo o fenômeno, que foi puxado principalmente pelos apartamentos compactos, com 1 dormitório.
A FGV, em seu IVAR (Índice de Variação dos Aluguéis Residenciais), também detectou o mesmo fenômeno, com alta média de 8,25% em 2022 no preço do aluguel em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Porto Alegre e em Belo Horizonte.
Os números indicam um reaquecimento da demanda pelo aluguel residencial, após a grande distorção de mercado e preços gerada pela pandemia, que praticamente estagnou, quando não derrubou, o valor dos contratos.
Reajuste do aluguel está mais baixo e pode até ser negativo
Se o mercado imobiliário está se reajustando após a reviravolta da pandemia e o aumento do aluguel já é uma realidade para novos contratos, o mesmo não pode ser dito para os reajustes dos últimos meses.
Isso porque, com a desaceleração da inflação, os principais índices de reajuste estão mais mais baixos.
Para os contratos que fazem aniversário em junho, o IPCA em 12 meses está em 3,94%, bem abaixo do que vinha sendo registrado nos últimos tempos.
Já para quem utiliza o IGP-M, o acumulado em 12 meses está negativo, em -4,47%, ou seja, há a possibilidade do inquilino solicitar a redução do preço do aluguel, caso o contrato não contenha uma cláusula que preveja a neutralidade nesses casos.
Leia mais: Qual o melhor índice de reajuste de aluguel
Como achar o preço mais justo do aluguel para proprietários e inquilinos
As flutuações de preço de aluguel são naturais no mercado imobiliário, que tende a se valorizar de maneira constante. Entretanto, negociar ou buscar imóveis em ambientes de pouca liquidez pode prejudicar o investidor ou futuro inquilino.
Por exemplo, se você é proprietário e tem pouca demanda por seu imóvel, pode ter de acabar alugando ou vendendo por um preço mais baixo do que deseja.
Por outro lado, se você é um potencial inquilino e só procura imóveis em imobiliárias ou plataformas com poucas opções, vai acabar pagando mais caro, tanto pela oferta restrita como pela falta de base de comparação.
Por conta disso, contar com o QuintoAndar, que possui mais de 12 milhões de visitas mensais e um negócio fechado a cada quatro minutos, é fundamental.
Além da maior exposição do país, o proprietário pode modelar seus preços com base na inteligência da plataforma e dos anúncios de imóveis com características similares aos do seu.
Da mesma maneira, o inquilino que usa o QuintoAndar consegue visualizar inúmeros anúncios, filtrando por localidade, preço e características desejadas, a fim de encontrar o imóvel que mais se ajuste ao seu bolso, desejos e necessidades.
Assim, ambos tendem a chegar a um valor justo de maneira rápida, sem precisar esperar muito ou entrar em negociações.
Por fim, como o reajuste do QuintoAndar é feito pelo IPCA (e não pelo IGP-M), ele fica menos sujeito a volatilidade para ambos e o aumento reflete, de fato, as mudanças no custo de vida do proprietário e do inquilino.
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