Existe muito mais para ver do que a capital mineira na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A 60 km de BH está Brumadinho, a cidade-sede do Instituto Inhotim, um verdadeiro museu a céu aberto de parada obrigatória para todos que amam arte e cultura. (Foto de destaque: Claudia Regina)
É bem provável que você já tenha ouvido falar do local, que oferece uma experiência única aos visitantes. Ainda assim, há muito a saber sobre essa área, que também tem a função de um jardim botânico.
Confira mais informações sobre o Instituto, sua história, funcionamento, exposições e dicas para a visita.
Confira o que você vai ler por aqui:
- O que é o Instituto Inhotim?
- Quem criou o Instituto Inhotim?
- O museu a céu aberto: descobrindo os jardins e obras de arte ao ar livre
- Qual é o maior museu a céu aberto do mundo?
- Exposições e artistas renomados: a riqueza da arte contemporânea em exposição
- A simbiose com a natureza: a relevância botânica do instituto
- Como chegar e horários de funcionamento do Instituto Inhotim
- Quanto tempo para visitar o Instituto Inhotim?
- Qual o valor da entrada no Inhotim?
- Inhotim para moradores locais: benefícios e descontos especiais
- Dicas para visitar o Instituto Inhotim
- More próximo ao Instituto Inhotim e tenha fácil acesso a essa incrível experiência!
O que é o Instituto Inhotim?
O Instituto Inhotim é um museu de arte contemporânea a céu aberto e jardim botânico. Tem um dos mais importantes acervos culturais do Brasil e está situado em Brumadinho, cidade da Região Metropolitana de BH.
A área está localizada dentro da Mata Atlântica e totaliza 786,06 hectares. Desse total, 440,16 hectares são destinados à preservação e incluem uma Reserva Particular do Patrimônio Natural.
O nome completo do espaço é Instituto Cultural Inhotim. A última palavra tem origem incerta. A alternativa mais popular é de que um minerador inglês chamado Sir Timothy morou na região e era chamado de Nhô Tim, tendo virado Inhotim.
Quem criou o Instituto Inhotim?
Quem criou o Instituto Inhotim foi Bernardo de Mello Paz, que idealizou a empreitada ainda na década de 1980. O fundador é um empresário mineiro da área de mineração e siderurgia.
Tendo casado com a artista plástica Adriana Varejão, resolveu abrir o instituto, ideia que concretizou em 2002. Na época, foi lançada somente a Galeria True Rouge, que foi a primeira dedicada exclusivamente a obras de arte.
Em 2005, começaram as primeiras visitas agendadas. No ano seguinte, elas passaram a ser abertas para todos.
Atualmente, o espaço conta com aproximadamente 700 obras de mais de 60 artistas de cerca de 40 países. Além disso, são mais de 4,3 mil espécies de plantas raras, derivadas de vários continentes.
O museu a céu aberto: descobrindo os jardins e obras de arte ao ar livre
O museu a céu aberto do Instituto Inhotim está em meio à vegetação. Há diversas obras espalhadas pelo espaço, sendo que algumas se destacam. As principais são:
- Galeria Praça: tem exposições temporárias e outras 3 fixas. Elas são:
- Forty Part Motet, de Janet Cardiff: é uma instalação sonora cujo canto é da catedral de Salisbury;
- “Abre a Porta”, de John Ahearn: tem murais que representa um cortejo religioso de matriz africana;
- “Rodoviária de Brumadinho”, de Rigoberto Torres: tem murais do terminal rodoviário da cidade;
- Instalações vermelhas: conta com as obras:
- “True Rouge”, de Tunga: tem vários elementos em vermelho dispostos de forma desordenada, como bolas de sinuca, recipientes de vidro, redes etc.;
- “Desvio para o vermelho I, II e III”, de Cildo Meireles: conta com 3 ambientes decorados em vermelho e interligados;
- “Sonic Pavilion”, de Doug Aitken: é um pavilhão de aço e vidro com equipamentos de amplificação sonora e um poço tubular de mais de 200 metros. Isso permite ter a impressão de ouvir os sons da terra;
- “Invenção da Cor, Penetrável Magic Square #5”, de Hélio Oiticica: é uma das mais famosas por ter as paredes coloridas;
- Cosmococa, de Hélio Oiticica e Neville D’Almeida: tem várias obras com projeções audiovisuais. Algumas delas permitem interagir e ter sensações;
- Galeria Marília Dardot: tem “A origem da obra de arte”, um ateliê com 1.500 peças de cerâmica que formam letras. Você pode completá-las e plantar flores;
- Galeria Adriana Varejão (imagem de destaque da publicação): você entra em uma caixa de concreto suspensa com vários azulejos. O ponto alto é a obra “Linda do Rosário”, que é formada por azulejos e repleta de vísceras.
Qual é o maior museu a céu aberto do mundo?
O maior museu a céu aberto do mundo é o Instituto Inhotim. Ele fica em Brumadinho (MG), a apenas 60 km de Belo Horizonte, e tem cerca de 800 hectares em meio ao cerrado e à mata Atlântica. São mais de 700 obras de arte, sendo complementadas com um jardim botânico.
Exposições e artistas renomados: a riqueza da arte contemporânea em exposição
O Instituto Inhotim tem várias exposições temporárias, mas outras são permanentes. No total, são 23 galerias, sendo que 4 apresentam obras que mudam com o passar do tempo. Elas são: Fonte, Lago, Praça e Mata.
As outras 19 galerias são fixas, sendo que algumas já foram citadas acima. As obras são dos seguintes artistas renomados:
- Adriana Varejão;
- Carlos Garaicoa;
- Carroll Dunham;
- Cildo Meireles;
- Claudia Andujar;
- Cristina Iglesias;
- Doris Salcedo;
- Doug Aitken;
- Hélio Oiticica;
- Lygia Pape;
- Marilá Dardot;
- Matthew Barney;
- Miguel Rio Branco;
- Neville D’Almeida;
- Rivane Neuenschwander;
- Tunga;
- Valeska Soares;
- Victor Grippo;
- William Kentridge.
Todo esse espaço pode ser visitado com a ajuda de Junio César, um guia que foi apadrinhado ainda criança por Bernardo Paz. Ele viu a construção do espaço, quando ainda abrigava o vilarejo chamado Inhotim, que ficava na área rural de Brumadinho. Por isso, o guia conhece todos os espaços, incluindo obras de arte, galerias e plantas.
A simbiose com a natureza: a relevância botânica do instituto
Além de ser um museu a céu aberto, o Instituto Inhotim também é um jardim botânico. Ele conta com mais de 4.300 espécies botânicas raras, vindas de diferentes continentes.
Um dos destaques nesse sentido é o Vandário, que contém diversas espécies de orquídeas, inclusive com raízes aéreas. Ainda tem:
- Largo das Orquídeas;
- Jardim Desértico;
- Jardim Veredas.
De toda forma, são mais de 100 hectares em exposição para o público, mas esse ambiente está cercado por mata nativa. Aliás, esse foi um dos motivos que levou à designação de jardim botânico, categoria C, em 2011. O título foi fornecido pelo Ministério do Meio Ambiente.
Uma característica do Inhotim é ter a maior coleção de palmeiras do mundo, tendo aproximadamente 1.500 espécies catalogadas. Também tem um exemplar da flor-cadáver, nativa da Ásia, considerada a maior do mundo.
Vale a pena destacar que todo o projeto paisagístico é assinado por Pedro Nehring, sendo que 25 hectares são de Luiz Carlos Orsini.
Como chegar e horários de funcionamento do Instituto Inhotim
O Instituto Inhotim fica em Brumadinho, a 60 km de Belo Horizonte. Se você for de carro, precisa passar pela BR-381, passando por Mário Campos. Outra possibilidade é a BR-040, seguindo por Piedade do Paraopeba. O estacionamento é gratuito.
Caso prefira ir de ônibus, existe o Transfer Belvitur. Ele sai do Hotel Holiday Inn, no bairro Savassi, todos os dias, às 8h e volta às 17h. Nesse caso, você precisa comprar a passagem 1 dia antes da data da visita. O valor do transfer é R$ 110, ida e volta.
Você também pode ir até a Rodoviária de Belo Horizonte e pegar o ônibus para Brumadinho da viação Cia Coordenadas. O valor é R$ 56,25 a ida e R$ 50,20 a volta.
Se você optar pelo ônibus de linha, pode comprar a passagem na hora, na bilheteria da rodoviária. Mas também existe a opção de adquiri-la na internet.
Os horários de funcionamento são:
- Quarta a sexta-feira: 9h30min às 16h30min;
- Sábado, domingo e feriados: 9h30min às 17h30min.
Quanto tempo para visitar o Instituto Inhotim?
O tempo para visitar o Instituto Inhotim é de 2 ou 3 dias, pelo menos. Como a área é muito grande, torna-se impossível fazer o passeio em apenas um dia.
Qual o valor da entrada no Inhotim?
O valor da entrada no Inhotim varia conforme o total de dias de visita e se é meia-entrada. Veja:
- 1 dia: R$ 25 a meia-entrada e R$ 50 a inteira;
- 2 dias: R$ 44 a meia-entrada e R$ 88 a inteira;
- 3 dias: R$ 60 a meia-entrada e R$ 120 a inteira.
Além disso, todas as quarta-feiras oferecem entrada gratuita. Você precisa apenas retirar o ingresso de forma prévia no Sympla. Ainda tem o último domingo do mês, que tem patrocínio da B3. Assim, é preciso retirar pelo Sympla.
Inhotim para moradores locais: benefícios e descontos especiais
Os moradores de Brumadinho também têm benefícios e descontos especiais para visitar o Instituto Inhotim. Basta fazerem um cadastro no programa Nosso Inhotim e apresentar a carteirinha ou o comprovante de endereço com o documento de identidade.
Outras vantagens são para o Amigos do Inhotim. Esse é um programa em que qualquer pessoa pode se cadastrar e pagar um valor para patrocinar o instituto. Dessa forma, você apresenta a carteirinha virtual ou o CPF cadastrado no programa.
Que tal morar na região de Brumadinho e aproveitar as condições especiais para vivenciar esse espaço de arte e natureza? Veja abaixo alguns imóveis disponíveis para alugar ou clique aqui para a lista completa.
Dicas para visitar o Instituto Inhotim
- Compre seu ingresso de forma antecipada, porque a entrada é limitada a 5 mil pessoas.
- Programe-se para visitar nos dias gratuitos — ou aproveitar um grátis e outro pago.
- Busque as visitas mediadas para saber tudo sobre o Instituto Inhotim.
- Nunca leve alimentos e bebidas alcoólicas, pois são proibidos. Portanto, nada de piqueniques!
- Há vários restaurantes e lanchonetes no parque. Aproveite-os!
- Tenha uma garrafinha de água em mãos.
- Use calçados e roupas confortáveis, e prepare-se para uma boa caminhada.
- Use protetor solar e, se possível, boné, chapéu e/ou óculos escuros.
- Considere ficar em uma pousada em Brumadinho para se deslocar para o Inhotim várias vezes.
Em relação aos restaurantes, cafés e lanchonetes, vale a pena seguir algumas dicas. O Café do Teatro tem muitos pratos saborosos. Ainda tem o restaurante Oiticica, com vista para o lago e refeições no sistema buffet por R$ 38,90. Ou seja, você escolhe uma opção de carne e serve-se uma vez. A bebida é à parte.
Também tem o restaurante Tamboril, com buffet livre por R$ 70 por pessoa. A variedade é maior, mas ambos os restaurantes são ótimos.
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