Consórcio ou financiamento imobiliário: diferenças, qual vale mais a pena e como escolher?

Para saber se é melhor fazer consórcio ou financiamento, é importante avaliar questões como urgência na compra, formas de pagamento e até mesmo o seu score de crédito

Por Redação - 03/05/2024 às 13:13
Atualizado: 30/03/2025 às 20:36
Imagem de um casal formado por um homem e uma mulher sentados no chão de um apartamento encostados no sofá da sala que está ao lado de algumas caixas de papelão para ilustrar matéria sobre consórcio ou financiamento

Adquirir um imóvel é um dos principais investimentos na vida de qualquer pessoa, e decidir entre consórcio ou financiamento imobiliário pode fazer toda a diferença nas finanças e no planejamento a longo prazo. 

Embora ambas as opções possibilitem a compra da casa própria, o financiamento permite a aquisição imediata, mas com juros e prazos que podem chegar a 35 anos. Já no consórcio, não há juros, mas é necessário ter paciência. Afinal, a contemplação não tem garantia de prazo definido.

Quer saber mais sobre o assunto? Então, continue a leitura para descobrir qual opção é mais econômica: consórcio ou financiamento. Além disso, veja as principais diferenças, vantagens e desvantagens de cada modalidade.

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Como funciona o financiamento imobiliário?

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No financiamento, o banco libera a quantia para comprar o imóvel à vista, e o comprador se compromete a pagar o valor com a incidência de juros em até 35 anos

O financiamento imobiliário é uma forma de empréstimo que bancos e instituições financeiras oferecem para facilitar a compra de imóveis. 

Nesse modelo, o comprador solicita o crédito para pagar a casa ou apartamento à vista ao vendedor e, em troca, assume um compromisso de pagamento parcelado com o banco.

De modo geral, esse prazo pode chegar a 35 anos, e as parcelas incluem juros, taxas administrativas e seguros obrigatórios.

Para ter o financiamento aprovado, o solicitante irá passar por uma análise de crédito onde o banco analisa o score, a renda mensal e até mesmo a relação com o banco. Assim, quanto melhor o perfil do comprador, maiores as chances de obter juros mais baixos e condições mais vantajosas.

Outro ponto importante é o valor da entrada, que normalmente varia entre 20% e 30% do preço do imóvel. O restante do valor é financiado, com as parcelas comprometendo, no máximo, 30% da renda familiar do comprador.

Vantagens e desvantagens do financiamento

Em resumo, essas são as vantagens e desvantagens de optar por um financiamento imobiliário:

Vantagens do financiamento

  • Disponibilidade imediata, o que agiliza a aquisição do imóvel;
  • Prazos longos para pagamento, podendo chegar a até 35 anos;
  • As parcelas só podem comprometer, no máximo, 30% do seu orçamento;
  • Possibilidade de amortizar as parcelas, a depender da modalidade escolhida, e reduzir o saldo devedor;
  • Taxas de juros mais baixas para quem tem bom score de crédito;
  • Flexibilidade de negociação com diferentes instituições financeiras.

Desvantagens do financiamento

  • Exige pagamento de entrada entre 20% e 30% do valor do imóvel;
  • Há cobrança de juros com base na Selic e/ou no IPCA. Assim, pode haver a flutuação do valor das parcelas e os juros tendem a ser mais elevados;
  • Em caso de inadimplência, o banco pode tomar o imóvel;
  • Obrigatoriedade de contratação de seguros, o que eleva os custos;
  • Processo burocrático, com análise de crédito e exigência da documentação do comprador, vendedor e imóvel.

Quais os tipos de financiamento?

Os bancos brasileiros oferecem diferentes tipos de financiamento imobiliário, e a escolha da melhor opção depende do perfil do comprador e das condições oferecidas. Os principais tipos são:

Financiamento pelo FGTS

  • Integrado ao Sistema Financeiro de Habitação (SFH);
  • Destinado a famílias com renda dentro de um limite estabelecido para cada região;.
  • Taxas de juros mais baixas em comparação a outras modalidades;
  • O valor do imóvel e do financiamento possuem limites definidos.

Financiamento pelo SBPE

  • Não exige limite de renda do comprador;
  • Aplicável a imóveis de diferentes faixas de preço;
  • Taxas de juros limitadas a 12% ao ano para imóveis dentro do SFH (até R$ 1,5 milhão). Para imóveis acima desse valor, as taxas podem ser mais altas.

Financiamento com a construtora

  • Menos burocracia e processo de aprovação mais ágil;
  • Condições de pagamento mais flexíveis;
  • Prazos de pagamento geralmente mais curtos;
  • Taxas de juros mais elevadas do que as praticadas pelos bancos;
  • Na maioria dos casos, o imóvel ainda está em construção e não pode ser ocupado de imediato.

Saiba mais: Taxa de financiamento imobiliário: o que é, qual a melhor e como calcular

Como funciona o consórcio?

Imagem de uma mulher entrando em casa com um cachorro no colo para ilustrar matéria sobre consórcio ou financiamento para construção
Também é possível optar entre consórcio ou financiamento para construir um imóvel. Enquanto o consórcio pode ser mais econômico, o financiamento é mais rápido

O consórcio imobiliário é uma modalidade de compra baseada na formação de grupos de pessoas com o mesmo objetivo: adquirir um imóvel. 

Os participantes contribuem mensalmente com valores previamente definidos, que são direcionados para um fundo comum gerenciado por uma administradora.

Diferente do financiamento, no consórcio não há pagamento de juros, mas existe a cobrança de taxa de administração, fundo de reserva e outras tarifas operacionais. O reajuste das parcelas segue índices de mercado, sendo o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) o mais comum nos consórcios imobiliários.

Assim, o consórcio pode ser contemplado por sorteio ou lance, que são as duas possibilidades disponíveis. Ou seja, o bem não será adquirido na hora, mas apenas quando a carta de crédito for contemplada. 

Como ocorre a contemplação no consórcio?

A liberação da carta de crédito – valor necessário para a compra do imóvel – acontece por meio de sorteio ou lance.

  • Sorteio: realizado mensalmente, contempla um ou mais participantes com a carta de crédito;
  • Lance: permite antecipar a contemplação ao ofertar um valor adicional. 

Além disso, existem três tipos de lances:

  • Lance livre: cada participante oferece o valor que quiser, e o maior lance vence;
  • Lance fixo: a administradora define um percentual fixo para todos os participantes, e um sorteio decide o vencedor;
  • Lance embutido: o participante usa parte do valor da carta de crédito para dar um lance. Se contemplado, recebe o valor da carta com o desconto do lance ofertado.

Enquanto a contemplação não acontece, o participante continua pagando as parcelas normalmente.

Vantagens e desvantagens do consórcio

As principais vantagens e desvantagens do consórcio de imóveis são:

Vantagens do consórcio

  • Não há cobrança de juros, apenas taxa de administração;
  • Não exige análise de crédito no momento da adesão;
  • É possível usar o FGTS para dar lances e antecipar a contemplação;
  • Possibilita a compra de forma programada, sem comprometer o orçamento;
  • Além de imóveis, há consórcios para veículos, serviços e até viagens.

Desvantagens do consórcio

  • Não há garantia de contemplação imediata;
  • Além da taxa de administração, o consórcio ainda pode cobrar pelo fundo de reserva e outras tarifas; 
  • Para utilizar a carta de crédito, é necessário estar com a situação financeira regularizada;
  • Em alguns casos, o prazo do consórcio pode ser menor que o financiamento.

Quais os tipos de consórcio?

Os consórcios são organizados de acordo com a finalidade da carta de crédito. Os principais tipos são:

  • Consórcio de imóveis: usado para aquisição de casas, apartamentos, terrenos ou reformas;
  • Consórcio de automóveis: voltado para a compra de carros novos ou usados;
  • Consórcio de motos: destinado à aquisição de motocicletas;
  • Consórcio de serviços: pode ser utilizado para cirurgias plásticas, festas, viagens e outros serviços.

Continue a leitura: Fui contemplado no consórcio, preciso comprovar renda? Veja o que fazer

Qual a diferença entre financiamento e consórcio?

Imagem de um casal formado por um homem e uma mulher entrando em um imóvel com alguns objetos na mão durante uma mudança para ilustrar matéria sobre consórcio ou financiamento, qual a diferença?
Enquanto o participante precisa esperar para ser contemplado no consórcio, o financiamento imobiliário libera o crédito de forma imediata

A principal diferença entre financiamento e consórcio está na forma de aquisição do bem. 

No financiamento, o banco ou instituição financeira libera o valor para a compra do imóvel imediatamente, mediante pagamento de juros e exigência de entrada. 

Já no consórcio, por outro lado, o participante paga parcelas mensais para formar um fundo comum e pode ser contemplado por sorteio ou lance, sem cobrança de juros.

Enquanto o financiamento permite a aquisição imediata, o consórcio exige planejamento e paciência, pois não há previsão exata de quando a carta de crédito será liberada. No entanto, o consórcio pode ser mais econômico a longo prazo, pois evita o pagamento de juros elevados.

O que vale mais a pena: consórcio ou financiamento?

Imagem de uma mulher sentada no sofá de casa enquanto segura uma conta e mexe no notebook que está no colo para ilustrar matéria sobre se é melhor fazer consórcio ou financiamento
Saber se é melhor fazer consórcio ou financiamento depende das suas condições financeiras e prazos a médio e longo prazo

Se você está se perguntando o que compensa mais, consórcio ou financiamento, aqui vai a resposta: não existe uma definição que seja válida para todas as pessoas. Afinal, tudo irá depender das necessidades, estilo de vida e momento financeiro de cada comprador. 

Então, antes de mais nada, se a sua prioridade é adquirir o imóvel de forma imediata, o financiamento é a melhor opção, pois permite a posse do bem logo após a aprovação do crédito. No entanto, ele envolve pagamento de juros e uma entrada de 20% a 30% do valor total da propriedade.

Já o consórcio é mais vantajoso para quem pode esperar e deseja evitar juros. Ele funciona como uma forma de planejamento financeiro e, além disso, oferece flexibilidade no pagamento. 

Ao decidir entre as duas opções, é importante avaliar:

  • Condição financeira: possui valor para entrada (financiamento) ou prefere pagar sem juros (consórcio)?
  • Valor das parcelas: faça simulações para entender os custos em cada modalidade;
  • Situação econômica do país: altas taxas de juros podem tornar o financiamento mais caro;
  • Necessidade de aquisição: precisa do imóvel agora ou pode esperar pela contemplação?

Consórcio ou financiamento: como escolher a melhor opção?

Para escolher qual é melhor, consórcio ou financiamento, o primeiro passo é considerar o prazo para adquirir o imóvel, o valor de entrada disponível, o custo total de cada modalidade e se você tem pressa ou pode esperar. 

Nesse sentido, o consórcio é ideal para quem não tem pressa e deseja evitar juros, mas exige paciência até a contemplação. Por outro lado, o financiamento oferece a vantagem de imediata aquisição, porém com custos mais elevados devido aos juros.

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Conclusão

Escolher entre consórcio ou financiamento depende das suas prioridades financeiras. Em resumo, o consórcio é mais vantajoso para quem pode esperar e quer reduzir custos a longo prazo. Já o financiamento é a melhor opção para quem deseja acesso imediato ao imóvel, mesmo com a incidência de juros.

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