A compra de um imóvel é algo muito mais amplo do que simplesmente desembolsar uma grande quantia de dinheiro. Ou o comprometimento com anos ou décadas de pagamento de parcelas em um financiamento imobiliário. Em resumo: não é algo que se faz apenas de posse de uma calculadora ou com planilhas. É preciso ter em mente alguns critérios que passam por algum nível de subjetividade e até mesmo exercícios de futurologia.
Neste artigo, preparei alguns passos importantes que você deve tomar na hora de começar a pensar na compra da sua casa própria.
Navegue pelo conteúdo:
- Reavalie as suas finanças e prepare o bolso
- Formas de pagamento
- Reflita sobre o seu momento de vida
- Escolha com muita atenção o seu imóvel
- Busque ajuda
Reavalie as suas finanças e prepare o bolso
Comecei este texto falando que o dinheiro para a compra não é o único fator importante. Realmente, não é o único. Mas a verdade é que ele é, sim, um dos mais importantes. E para comprar um imóvel, é preciso se preparar financeiramente.
Veja abaixo algumas das principais questões com as quais você terá que lidar ao decidir pela compra:
- No caso de uma compra por financiamento, você vai precisar de no mínimo 20% do valor do imóvel para dar de entrada;
- Caso você trabalhe com carteira assinada, no regime de CLT, verifique o seu saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. Esse dinheiro pode ajudar muito na compra da casa própria. Acesse nosso e-book sobre como usar o FGTS para comprar um imóvel e veja todas as informações que precisa.
- Lembre-se: as despesas costumam aumentar quando você deixa de ser inquilino e vira proprietário. Os custos de manutenção do imóvel, por exemplo, passam a ser de sua responsabilidade;
- Além disso, normalmente, uma parcela de financiamento do imovel tende a ser mais alta do que o aluguel de um imovel similar;
- Faça uma reserva para gastos inesperados, não gaste tudo na transação. Você pode ter alguma despesa inesperada, como uma manutenção ou até mesmo a vontade de fazer uma melhoria no seu novo bem, ou mimo que você queira comprar para a casa nova, como instalação de telas de segurança, manutenção de um aquecedor de água ou renovação da rede elétrica, por exemplo;
- Por isso, faça um teste drive nas finanças. Alguns meses antes de realizar a compra, verifique se você tem a capacidade de arcar com todas as despesas. Calcule o valor das parcelas, custos de cartório e ITBI, gastos com possíveis obras no imóvel, com o condomínio, IPTU, verifique se o seu orçamento realmente suporta isso. Saiba aqui quais são os custos para comprar um imóvel.
Formas de pagamento
A melhor forma de você otimizar a compra de um imóvel é fazendo a compra à vista. Afinal de contas, dessa forma você já quita a negociação, paga apenas pelo preço do bem – sem juros envolvidos – e não assume um compromisso financeiro que pode ser pesado e durar por muito tempo.
Sabemos que a realidade de uma compra à vista está muito distante da maioria dos brasileiros. Mas isso não significa que o sonho da casa própria seja algo inviável, pois existem outras formas de pagamento, como:
- Consórcio;
- Financiamento imobiliário;
- Programa casa verde e amarela, Minha casa minha vida.
O financiamento imobiliário é a modalidade mais usada na compra de imóveis. E dentro dela, é muito importante você ter na cabeça uma sigla de três letrinhas: o CET, que significa Custo Efetivo Total.
+ Leia também:
– Tipos de financiamento imobiliário: saiba como escolher o mais adequado para o seu bolso
O CET engloba, além da taxa de financiamento imobiliário, a incidência de tarifas, encargos e outras taxas que, junto com os juros embutidos nas prestações. É preciso ver com a instituição financeira onde for contratar o crédito imobiliário qual é a forma de correção das parcelas – se são decrescentes ou crescentes -, calcular os custos dos seguros, que costumam esconder grandes diferenças de preço.
Portanto, faça muitas contas. E se não estiver com 100% de segurança procure ajuda especializada ou até mesmo converse com amigos que já tenham passado pela experiência de comprar um imóvel.
Reflita sobre o seu momento de vida
Em qual fase da vida você está? Ainda é jovem e não pensa em ter uma família tão cedo? Ou está em vias de casar e quer ter filhos logo? Pretende ter um ou mais pets?
Aqui chegamos ao exercício de futurologia que mencionei no início deste texto. É preciso que você faça essas e outras perguntas e procure avaliar como estará sua vida nos próximos anos.
Afinal, é importante você pensar no tempo que você quer ficar no imóvel. Os custos de transação são caros e se for para você ficar pouco tempo, pode ser melhor alugar do que comprar.
Inclusive, aqui no QuintoAndar, temos uma calculadora para você saber se no seu atual momento de vida é melhor comprar ou alugar.
Escolha com muita atenção o seu imóvel
Ao contrário de quem mora de aluguel, ao escolher um imóvel para comprar e morar, você está assumindo que passará um bom tempo no mesmo endereço físico. E diante de um comprometimento tão grande, é fundamental que você se sinta em casa não apenas da porta para dentro.
Por isso, além de definir as principais características do imóvel que você quer, como se é casa ou apartamento, metragem, faixa de preço e número de quartos, por exemplo, procure estabelecer alguns bairros que são prioridades. Ou seja, as regiões onde o seu dia a dia e da sua família mais irão se encaixar.
Feito isso, procure conhecer bem a região para a qual você pretende se mudar. Encontrou o imovel ideal? Então visite o local em vários horários, tanto durante o dia quanto à noite. Pois não tenha dúvidas: uma vizinhança ruim pode estragar o seu sonho.
Busque ajuda
E para terminar este artigo com um conselho, gostaria de dizer que você não é uma ilha. Por isso, converse com família e amigos para procurar enxergar diversos pontos de vista. Mas nunca terceirize a responsabilidade da decisão. Pois é você quem vai morar no imóvel e terá todas as responsabilidades sobre ele.
Portanto, reflita bastante e seja muito feliz na sua casa nova.
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