Guia completo do Minha Casa, Minha Vida 2025: novas regras, taxas de juros, subsídios e como participar

O maior programa habitacional do Brasil facilita a compra de imóveis e o sonho da casa própria. Veja quem pode participar e quais são os requisitos para se inscrever

Por Redação - 22/03/2024 às 14:56
Atualizado: 27/02/2025 às 11:10
Guia completo do Minha Casa, Minha Vida 2025: novas regras, taxas de juros, subsídios e como participar

O Minha Casa, Minha Vida (MCMV) é o principal programa habitacional do Brasil. Por meio de subsídios e taxas de juros reduzidas, o programa facilita o acesso de famílias de baixa e média renda ao imóvel próprio.

Em 2025, o programa continua a ser uma das principais formas de financiamento imobiliário para quem deseja comprar, construir ou reformar um imóvel em áreas urbanas ou rurais. Saiba mais sobre quem tem direito ao Minha Casa, Minha Vida, quais são as taxas de juros e os subsídios disponíveis a seguir!

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O que é o Minha Casa, Minha Vida?

O Minha Casa, Minha Vida é um programa habitacional do Governo Federal que tem como intuito facilitar o acesso à moradia para famílias de baixa e média renda. Isso é feito principalmente por meio de subsídios e taxas de juros abaixo das praticadas no mercado imobiliário tradicional.

Além da compra, o programa permite o financiamento de valores para construção e reforma. Assim, com esses benefícios, famílias de baixa renda conseguem adquirir um imóvel com mais facilidade. 

Criado em 2009, o MCMV foi substituído pelo Casa Verde e Amarela em 2019, mas retomou o nome original em 2023.  

Para participar, é necessário atender aos requisitos de renda, apresentar a documentação exigida e escolher um imóvel dentro dos limites de valor estabelecidos pelo programa. 

Como funciona o Minha Casa, Minha Vida?

Imagem de um casal formado por um homem e uma mulher sentados no sofá de uma casa analisando alguns documentos que estão ao lado de um notebook em uma mesinha de centro para ilustrar matéria sobre como funciona o Minha Casa, Minha Vida
Para participar, as famílias interessadas devem se enquadrar nas faixas de renda estabelecidas e atender aos critérios do programa

O Minha Casa, Minha Vida oferece subsídios, taxas de juros reduzidas e condições diferenciadas de financiamentos para a aquisição, construção ou reforma de imóveis no país.

Enquanto o teto da faixa de renda familiar bruta mensal é de R$ 8 mil para áreas urbanas, a renda familiar bruta anual é de R$ 96 mil em áreas rurais. O subsídio máximo é de R$ 55 mil e os imóveis devem custar até R$ 350 mil em áreas urbanas e R$ 75 mil em regiões rurais. 

Vai ter Minha Casa, Minha Vida em 2025?

Sim, o Minha Casa, Minha Vida continua em 2025. O governo federal mantém o programa e os recursos destinados para facilitar a aquisição de imóveis próprios por pessoas de baixa ou média renda. 

O que mudou no Minha Casa, Minha Vida para 2025?

Imagem de uma família formada por um homem, uma mulher e uma criança em frente a um prédio residencial para ilustrar matéria sobre como se inscrever no Minha Casa, Minha Vida
As principais mudanças para 2025 estão relacionadas ao subsídio, taxas de juros e limite de renda

O programa passou por atualizações e, em 2025, os interessados já precisam seguir as novas condições para financiamentos e subsídios. 

Nesse sentido, as principais mudanças estão relacionadas à redução das taxas de juros, o aumento dos subsídios e reajuste nos limites de renda das faixas de beneficiários. Veja como ficou: 

Taxas de juros mais baixas
As taxas de juros para a Faixa 1 foram reduzidas de 4,25% para 4% ao ano nas regiões Norte e Nordeste. Nas demais regiões do país, o percentual caiu de 4,5% para 4,25% ao ano, tornando o financiamento mais acessível.

Subsídios maiores para compra de imóveis
O valor máximo do subsídio habitacional foi reajustado de R$ 47,5 mil para até R$ 55 mil, dependendo da renda familiar e da localização do imóvel. Isso permite que mais famílias consigam adquirir a casa própria com um valor de entrada reduzido.

Reajuste nos limites de renda
O programa também ampliou o teto de renda das faixas 1 e 2 em áreas urbanas:

  • Faixa 1: de R$ 2.640,00 para R$ 2.850,00
  • Faixa 2: de R$ 4.400,01 para R$ 4.700,00
  • Faixa 3: manteve o limite máximo de renda estabelecido anteriormente

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Quem tem direito ao programa Minha Casa, Minha Vida?

As famílias residentes em áreas urbanas com renda mensal bruta de até R$ 8 mil e os moradores das áreas rurais com renda anual bruta de até R$ 96 mil podem ter acesso ao Minha Casa, Minha Vida.

Benefícios sociais, assistenciais ou previdenciários, como Bolsa Família, auxílio doença ou seguro desemprego, não são considerados como renda para fins de avaliação do programa.

Não existe renda mínima estipulada para obter o financiamento do Minha Casa, Minha Vida. No entanto, é válido ter em mente que as parcelas negociadas não devem comprometer mais do que 30% da sua renda mensal.

Quais são as faixas de renda do Minha Casa, Minha Vida?

As famílias aptas a entrar no programa são divididas em três faixas de renda, que determinarão as condições de financiamento e subsídio. Quanto mais baixa a renda, mais favoráveis são as condições:

Renda familiar urbana

  • Faixa 1: renda mensal bruta de até R$ 2.850,00
  • Faixa 2: renda mensal bruta de R$ 2.850,01 a R$ 4.700,00
  • Faixa 3: renda mensal bruta de R$ 4.700,01 a R$ 8.000,00

Renda familiar rural

  • Faixa 1: renda bruta anual de até R$ 40.000,00
  • Faixa 2: renda bruta anual de R$ 40.000,01 a R$ 66.600,00
  • Faixa 3: renda bruta anual de R$ 66.600,01 a R$ 96.000,00

Valor do imóvel em áreas urbanas

  • Faixa 1: o imóvel pode custar até R$ 190.000,00
  • Faixa 2: o imóvel pode custar até R$ 264.000,00
  • Faixa 3: o imóvel pode custar até R$ 350.000,00

Valor do imóvel em áreas rurais

  • Novas moradias: o imóvel pode custar até R$ 75.000,00
  • Melhoria de uma moradia: o valor pode chegar a até R$ 40.000,00

Como ficaram as taxas de juros do Minha Casa, Minha Vida em 2025

Imagem de um jovem casal em casa com um bebê para ilustrar matéria sobre o Minha Casa, Minha Vida 2025
Algumas taxas passaram por redução nos juros

O principal mecanismo usado pelo MCMV são taxas de juros mais baixas que as de mercado imobiliário tradicional. Nesse sentido, quanto mais baixos os juros, mais barata fica a parcela, o que ajuda não só no equilíbrio financeiro das famílias, como na própria aprovação do financiamento.

Neste ano, as taxas de juros do Minha Casa, Minha Vida foram atualizadas. Os menores percentuais continuam sendo destinados às famílias de baixa renda, especialmente nas regiões Norte e Nordeste.

Na Faixa 1, os juros começam em 4% ao ano para as regiões Norte e Nordeste, enquanto nas demais regiões partem de 4,25%. 

Já na Faixa 2, o limite máximo foi estabelecido em 7% ao ano, enquanto na Faixa 3 a taxa pode chegar a 8,16% ao ano.

Como funciona o subsídio no Minha Casa, Minha Vida?

Outro mecanismo muito utilizado é o subsídio. Trata-se de um valor que pode ajudar a compor a entrada e é abatido do valor total a ser financiado, o que é fundamental para quem tem pouco dinheiro disponível, sem falar que alivia as parcelas.

O governo pode arcar com até 95% do valor da propriedade para as famílias enquadradas na faixa 1. Nesse caso, o valor máximo da unidade habitacional deve ser de R$ 190 mil para as áreas urbanas e R$ 75 mil para as regiões rurais.

Também existe o subsídio por meio do FGTS, que contempla as famílias das faixas 1 e 2 e subsidia até R$ 55 mil no valor de entrada da propriedade. As famílias da faixa 3 não têm direito a receber subsídios. 

Saiba mais: Subsídio do Minha Casa, Minha Vida: regras para 2025, valores e quem tem direito ao benefício

O que é necessário para ser aprovado no Minha Casa, Minha Vida?

Imagem de um casal formado por um homem e uma mulher se abraçando enquanto a mulher segura as chaves de um imóvel para ilustrar matéria sobre como se cadastrar no Minha Casa, Minha Vida
Um dos principais requisitos do programa habitacional é a faixa de renda

Se você percebeu que a sua renda se enquadra em uma das faixas do programa habitacional, confira a seguir quais são as regras para participar do Minha Casa, Minha Vida 2025: 

  • Atender aos critérios específicos definidos pelo governo federal e pelas prefeituras municipais;
  • Comprovar capacidade de pagamento das prestações do financiamento;
  • Estar em dia com obrigações financeiras junto aos órgãos públicos;
  • Não possuir imóvel próprio;
  • Não possuir restrições de crédito;
  • Não ser empregado(a) da Caixa Econômica Federal (e nem ser casado(a) com um);
  • Não ter sido beneficiado por outro programa habitacional do governo;
  • Não ter sido condenado por crimes relacionados à habitação ou ao programa habitacional;
  • Possuir capacidade civil para assinar contratos;
  • Residir na cidade onde deseja adquirir o imóvel;
  • Ser brasileiro ou estrangeiro com visto permanente no país;
  • Ter idade mínima de 18 anos ou ser emancipado;
  • Ter o cadastro aprovado pelo órgão responsável pelo programa na cidade;
  • Ter renda familiar dentro das faixas estabelecidas pelo programa Minha Casa, Minha Vida.

Algumas famílias têm prioridade nesse programa habitacional, são elas:

  • Famílias que tenham uma mulher como responsável pela unidade familiar;
  • Famílias que tenham na composição familiar pessoas com deficiência, idosos e crianças e adolescentes;
  • Famílias em situação de risco e vulnerabilidade;
  • Famílias em áreas em situação de emergência ou de calamidade;
  • Famílias em deslocamento involuntário em razão de obras públicas federais;
  • Famílias em situação de rua.

Quem tem nome sujo pode participar do Minha Casa, Minha Vida?

Para esclarecer uma das principais dúvidas: pessoas que possuem dívidas não pagas registradas no SPC e Serasa não são elegíveis para obter financiamento do Minha Casa, Minha Vida, incluindo seus cônjuges em caso de casamento. 

Portanto, caso haja dívidas pendentes registradas nessas agências de crédito, é fundamental regularizar a situação e eliminar qualquer histórico negativo antes de prosseguir com o processo.

Além disso, é importante observar que a Caixa Econômica Federal consulta o CADMUT após verificar as informações do SPC e Serasa. O CADMUT mantém registros de contratos de financiamento habitacional no Sistema Financeiro da Habitação (SFH) e em programas federais. 

Leia também: Por que a análise de crédito é importante na hora de comprar um imóvel?

Quais são as etapas do processo?

Imagem de uma mulher sentada no chão da sala de um imóvel mexendo no celular em frente a uma mesinha de centro com um notebook e alguns papéis para ilustrar matéria sobre quem tem direito ao Minha Casa, Minha Vida
Depois de reunir a documentação obrigatória, você deve seguir as regras específicas da sua faixa de renda

Antes de mostrar as etapas do processo de inscrição no programa, confira quais são os documentos indispensáveis. Em seguida, explicamos como se cadastrar no Minha Casa, Minha Vida:

  • Documento de identificação com foto (RG ou CNH);
  • CPF;
  • Carteira de trabalho;
  • Comprovante de Renda;
  • Comprovante de estado civil;
  • Título de eleitor;
  • Comprovante de residência;
  • Caso tenha filhos menores de idade, apresentar as certidões de nascimento e o CPF deles;
  • Caso seja portador de necessidades especiais, apresentar um laudo médico com CID.

Cadastro Faixa 1

Em primeiro lugar, os beneficiários que se enquadram na faixa 1 devem procurar a prefeitura do município no qual residem para se inscrever no programa Também é possível procurar uma entidade organizadora para se inscrever no programa. 

Lembre-se de levar a documentação listada acima nessa ocasião.

As pessoas que estão em situação de rua também devem procurar a prefeitura da cidade para fazer ou atualizar o cadastro no CadÚnico para poderem participar do programa habitacional. 

Cadastro Faixas 2 e 3

Agora, quem se encontra nas faixas 2 e 3 precisa escolher um imóvel cujo valor esteja dentro do limite estipulado para o programa. Depois, será necessário fazer uma simulação de financiamento no site da Caixa

O passo seguinte é juntar os documentos, incluir a documentação do imóvel e ir até uma agência da Caixa para solicitar o financiamento habitacional. 

Análise da Caixa Econômica Federal

A análise da Caixa pode levar até 30 dias para ser concluída. Nesse período, o banco vai avaliar se você se encaixa nas regras do Minha Casa, Minha Vida e se tem condições de pagar o financiamento. 

Após fazer a sua solicitação junto ao banco, você pode acompanhar a aprovação dos documentos por meio do site Acompanhe sua Proposta. Depois dos 30 dias, a Caixa vai entrar em contato informando se aprovou ou não a sua solicitação. Em caso positivo, será necessário ir até a agência assinar o contrato. 

Construção do imóvel

Muitos compradores adquirem o imóvel do Minha Casa, Minha Vida na fase de construção. Se este for o seu caso, será necessário esperar a construtora finalizar as obras para poder usufruir da unidade habitacional.

Entrega de chaves

Após a finalização das obras, a construtora entrega as chaves aos proprietários, que poderão usufruir do imóvel. Contudo, mesmo já morando no local, é necessário continuar pagando as parcelas da linha de crédito até quitar o financiamento

Como funciona o FGTS no Minha Casa, Minha Vida?

Agora que você sabe como se inscrever no Minha Casa, Minha Vida, vamos a mais uma informação importante: é possível utilizar o FGTS para financiar seu imóvel próprio.

Para isso, é importante seguir alguns pré-requisitos, como:

  • Ter pelo menos 36 meses de trabalho sob o regime do FGTS. Esse tempo pode ser a soma de períodos ou empresas diferentes;
  • Não ter financiamento ativo no Sistema Financeiro de Habitação (SFH);
  • Não ter usado o saldo de FGTS para comprar outro imóvel ou abater saldo devedor nos últimos 5 anos.

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