Para cada pessoa que deseja vender um imóvel em 2023 no Brasil, quatro pretendem comprar. Isso é o que aponta um levantamento do QuintoAndar, realizado com 1.500 entrevistados em diversas regiões do Brasil.
Apesar da alta dos juros e do próprio preço dos imóveis, 39% dos entrevistados afirmaram ter a intenção de comprar uma casa ou apartamento ainda neste ano. Por outro lado, apenas 10% dizem que pretendem vender uma propriedade.
Essa disparidade pode indicar uma pressão da demanda por imóveis, o que beneficia os vendedores do mercado imobiliário em 2023.
Por outro lado, a grande maioria ainda deseja comprar um imóvel novo, mas a fatia de quem busca um usado é relevante – e pode aumentar conforme a ideia da compra começa a se concretizar.
Abaixo, detalhamos a pesquisa, que ainda traz dados sobre a demanda por aluguéis.
Navegue pelo conteúdo:
- A cada três interessados em comprar um imóvel, dois querem um ‘novo em folha’
- Desafios na economia do mercado imobiliário em 2023 não acabam com sonho de comprar um imóvel
- Desejo de alugar é inferior ao de comprar um imóvel; dinheiro é impeditivo
- Encontre mais facilmente quem deseja alugar ou comprar um imóvel
A cada três interessados em comprar um imóvel, dois querem um ‘novo em folha’
Além do grande interesse em comprar imóveis, existe uma seletividade (ao menos prévia) bem marcante entre os brasileiros: o desejo por uma casa “zero quilômetro”.
Dos entrevistados, 64% alegaram preferir um imóvel totalmente novo, sendo 12% na planta. Os outros 36% disseram preferir um imóvel usado.
Nesse contexto, o fator emocional pesa bastante, já que muita gente deseja ser o primeiro morador da casa e planejar a disposição e montagem do imóvel de acordo com suas preferências.
Por outro lado, há quem prefira imóveis na planta ou construção pela potencial valorização, já que há riscos embutidos que tornam este tipo de imóvel um pouco mais barato do que um já pronto.
Esses riscos, por outro lado, como o de a obra não ficar pronta ou de o imóvel não ser como o pensado inicialmente, podem direcionar esses compradores para os imóveis usados, especialmente quando a intenção de compra se torna “mais madura”.
Outro ponto que pode levar a uma troca de preferência são os custos para “montar” o imóvel, já que, ao comprar um apartamento novo, por exemplo, ele vem completamente “pelado” – e muitas vezes a economia com marcenaria, pisos e similares possam tornar os usados mais vantajosos.
Desafios na economia do mercado imobiliário em 2023 não acabam com sonho de comprar um imóvel
Em um primeiro momento, a demanda pela compra de imóveis pode parecer surpreendente diante de um cenário de juros altíssimos do mercado imobiliário em 2023.
Atualmente, a taxa básica de juros do país, a Selic, está em 13,75% ao ano, patamar que puxa os juros do financiamento imobiliário para cima.
Leia mais: Como a Selic afeta o mercado imobiliário?
Apesar desse contexto, outros fatores podem estar motivando os brasileiros a adquirir seu imóvel próprio, entre eles:
- A possibilidade de juros baixarem com o novo governo;
- A pressão da inflação, que torna ainda mais pesado o custo com aluguel, que costuma ser o maior dentro do orçamento familiar;
- O medo de demissões, que estão ocorrendo em massa em diversas empresas;
- O receio de forte desvalorização da moeda e ativos financeiros, que faz investidores migrarem para ativos reais, como os imóveis, que tendem a preservar valor.
“A pesquisa traça um cenário revelador para a moradia em 2023 e reforça essa vontade das pessoas de mudança, de encontrar sua casa dos sonhos, mesmo com uma situação econômica desafiadora”, afirma Thiago Reis, gerente de Dados do QuintoAndar.
Você pode se interessar: Vale a pena investir em imóveis?
Desejo de alugar é inferior ao de comprar um imóvel; dinheiro é impeditivo
Se grande parte dos brasileiros deseja comprar um imóvel, uma parcela menor, apenas 18%, têm intenção de alugar um novo imóvel neste ano.
Apesar de parecer um percentual baixo, na prática a demanda acaba sendo maior, já que a questão financeira é o principal impeditivo para que 62% dos brasileiros se mudem para a casa que desejam.
Além disso, como apenas 23% dos entrevistados moram de aluguel atualmente, enquanto 67% usufruem de um imóvel próprio (quitado ou financiado), esse percentual naturalmente é puxado para baixo.
A pesquisa também identificou que os mesmos 62% pagam até R$ 1 mil mensais de aluguel, o que equivale a 77% do salário mínimo, enquanto 32% pagam entre R$ 1 mil e R$ 2,5 mil, e 6% pagam mais do que R$ 2,5 mil.
Encontre mais facilmente quem deseja alugar ou comprar um imóvel
Para quem busca ganhar com a revenda ou aluguel de casas e apartamentos, é fundamental estar bem posicionado para aproveitar essa demanda.
De nada adianta, por exemplo, que o mercado esteja buscando se seus imóveis não são encontrados.
Por conta disso, contar com a parceria do QuintoAndar, a maior plataforma de moradia do Brasil, pode ajudar qualquer proprietário a fechar negócio de maneira mais rápida e mais vantajosa em termos financeiros.
Isso porque, além de capturar essa demanda por meio de sua capilaridade, a plataforma dá ferramentas para que os proprietários precifiquem seus imóveis de maneira correta, para que ganhem o máximo possível, sem sofrerem os custos da vacância.
Por conta disso, são mais de 12 mil contratos fechados mensalmente, cerca de um a cada 4 minutos.
Carregando comentários...