Mudança é uma coisa que demanda planejamento. Seja pra rua de trás ou pra outra cidade, transportar toda a sua vida de um endereço pro outro demanda tempo dedicação e organização pra ficar tudo certo. Aqui no MeuLugar, já demos várias dicas pra você tornar esse processo mais fácil. Desta vez, dá as dicas é a jornalista e economista Carol Sandler, sobre como se organizar financeiramente pra mudar. Este é o quinto vídeo que a fundadora do portal Finanças Femininas faz em seu canal especialmente para o QuintoAndar.
“Quem disse que fazer mudança de casa precisa ser perrengue? Elaborei um passo a passo para você alugar um novo imóvel sem ficar endividado. Para tudo dar certo, você precisa dividir todo esse processo de mudança de casa em três fases: antes, durante e depois da mudança de imóvel – seja casa ou apartamento”, afirma Carol, antes de dar suas dicas sobre como se organizar financeiramente pra mudar.
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Fórmula do 50 – 30 – 20
De acordo com a especialista, o primeiro passo é planejar o quanto de dinheiro você vai poder gastar com o aluguel. Antes mesmo de começar, de fato, a procurar o imóvel. Ela lembra que no QuintoAndar, você precisa ter uma renda duas vezes e meia maior que o valor do aluguel, por conta da análise de crédito. E dá dicas sobre a fórmula que sempre defende em seu canal: a do 50 – 30 – 20.
“O aluguel tem que estar sempre dentro dos 50% dos seus gastos essenciais. E eu falo sempre que essa é uma medida fantástica pra você ter um equilíbrio financeiro. Dentro desses 50%, você tem que considerar também que vai ter que pagar por alimentação, transporte, saúde. Então, é uma medida fundamental”, diz a especialista.
A fórmula pregada por Carol é separar 50% pros gastos essenciais, 30% pros supérfluos e 20% pra guardar todos os meses.
“E é justamente por isso que o seu aluguel não pode ser, por exemplo, cinquenta por cento da sua renda. Porque assim você não consegue aplicar essa fórmula”, alerta Carol.
Aluguel é gasto essencial
Numa conta rápida, Carol pegou a hipótese de uma pessoa que tem renda líquida de R$ 2,5 mil por mês. Num caso como esse, os gastos essenciais devem ser de, no máximo, R$ 1.250. E, por isso, o aluguel tem que ser inferior a esse valor.
“Se a conta não fechar, você tem algumas opções: procurar um imóvel com aluguel mais barato, uma região que tenha imóveis com valores mais acessíveis, ou então dividir o apartamento”, sugere a especialista.
No QuintoAndar, você pode compor renda com até outras três pessoas e, dessa forma, tem como se organizar financeiramente pra mudar com um pouco mais de fôlego. Nas contas de Carol, se uma pessoa ganha R$ 2,5 mil e junta esse valor com alguém que ganhe R$ 2 mil, a renda líquida da dupla será de R$ 4,5 mil. Neste caso, dá pra pensar em um aluguel em torno de R$ 1,2 mil, o que dá R$ 600 pra cada pessoa.
“Olha, eu te aconselho a se apegar de verdade a essas proporções. Porque se você gasta muito mais do que cinquenta por cento da sua renda líquida com os essenciais, você fica numa situação extremamente vulnerável. Lembre-se que, além do aluguel, você ainda tem condomínio, IPTU, gastos com água, luz ou gás, contratação de um pacote de internet, gastos com transporte, entre outros”, alerta a especialista.
Como se organizar financeiramente: o transporte
O segundo passo, de acordo com Carol, é planejar os gastos que você vai ter durante a mudança, pois certamente vai ter que contratar uma transportadora ou, pelo menos, um carreto. Neste caso, a dica da especialista é só uma: faça orçamento e negocie com todas as empresas que puder consultar.
“Gente, é a tal história: quem não chora, não mama. Caso você consiga, junte um dinheiro pra pagar à vista com desconto. Se você tiver algum guardado no seu fundo de emergência, essa é uma boa ocasião pra usar essa grana. Se nenhuma dessas opções for viável, você vai ter que checar seu orçamento e ver se o gasto com o carreto vai caber nele. Caso não caiba, você vai ter que parcelar”, diz a jornalista.
No último caso, de necessidade de parcelamento dos gastos com a mudança, Carol faz um alerta: “por favor, não comprometa mais do que trinta por cento do seu salário com parcelas. Então, se você está assumindo uma parcela aqui e outra ali, some todas pra ver se elas vão caber de fato no seu orçamento mensal”.
A arrumação da casa nova
Mas não adianta só você saber como se organizar financeiramente pra mudança e seguir os dois primeiros passos à risca. O terceiro passo também é muito importante . É o que vem depois da mudança: a arrumação da casa nova. A especialista do Finanças Femininas sugere que essa fase seja encarada com muito autocontrole.
“A vontade que dá é sair correndo e fazer a louca em lojas de decoração pra deixar tudo absolutamente do nosso jeito. Mas, pelo amor de Deus, vai com calma! Você não precisa fazer tudo de uma vez, porque isso pode representar um gasto absurdo pro seu orçamento. Se você não tiver nada, foque primeiro em comprar o que for essencial. Aqui, eu tô falando de cama, mesa, geladeira, fogão”, enumera Carol.
A jornalista lembra que, ao alugar pelo QuintoAndar, você pode fazer a busca filtrando por imóveis que já venham mobiliados com esses itens essenciais. O que facilita muito numa mudança, especialmente pra quem não tem nenhum, desses itens.
“O resto da decoração pode vir aos poucos. Mas você pode priorizar aqueles itens simples, mas que deixam o imóvel com a cara da sua casa, mesmo sendo alugado. Eu tô falando de quadros, plantinhas. E se você quiser pirar, dá pra ver muitos projetos legais de Do it yourself (DIY) ou ‘Faça você mesma’, além de conferir as dicas que o pessoal do QuintoAndar deixa no MeuLugar”, sugere a especialista.
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