Apartamento Minha Casa, Minha Vida pode ser vendido? Entenda as regras e restrições

Seja por motivos familiares ou necessidade de levantar valores para um novo investimento, existem diversas razões para vender um imóvel. Entenda abaixo se isso é possível no programa MCMV

Por Redação - 22/11/2024 às 18:16
Atualizado: 22/11/2024 às 18:16
Imagem de um casal formado por um homem e uma mulher visitando um imóvel enquanto o homem aperta a mão de uma agente imobiliária para ilustrar matéria sobre apartamento Minha Casa, Minha Vida pode ser vendido?

Se você está se perguntando se um apartamento Minha Casa, Minha Vida pode ser vendido, fique sabendo que a resposta é sim. De acordo com esclarecimentos do próprio Governo Federal, qualquer tipo de imóvel financiado pelo programa pode ser repassado para outra pessoa. No entanto, existem algumas regras que precisam ser seguidas. 

Essas restrições dizem respeito principalmente ao período de carência, quitação ou transferência do financiamento e devolução dos subsídios recebidos – condições essas que variam de acordo com a faixa de renda do beneficiário. 

Por isso, é importante entender as limitações antes de tentar vender um imóvel adquirido pelo programa. Afinal, ignorar essas regras pode resultar em problemas judiciais ou até mesmo a perda do apartamento. 

Quer saber mais sobre as possibilidades de venda de uma casa ou apartamento financiados pelo Minha Casa, Minha Vida? Então, continue a leitura deste artigo para saber quais são as condições e restrições contratuais. 

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Leia também: Subsídio do Minha Casa, Minha Vida: confira as regras, os valores e saiba quem tem direito

O que é o programa Minha Casa, Minha Vida?

Antes de mais nada, o programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) é uma iniciativa habitacional criada em 2009 pelo Governo Federal para facilitar o acesso à moradia própria para famílias de baixa renda. 

Nesse sentido, o programa oferece subsídios e condições especiais e financiamento para famílias com renda mensal de até R$ 8 mil em áreas urbanas e renda anual de até R$ 96 mil em áreas rurais. Assim, as condições variam de acordo com a faixa de renda familiar. 

Em alguns casos, o subsídio pode chegar a até 95% do valor do imóvel – o que vai depender da faixa de renda e da localização da propriedade. As taxas de juros também são reduzidas em comparação aos financiamentos tradicionais. 

Conheça as faixas de renda referente ao ano de 2024:

FaixasRenda familiar bruta mensal (áreas urbanas)Renda familiar bruta anual (áreas rurais)
Faixa 1até R$ 2.640,00até R$ 31.680,00
Faixa 2de R$ 2.640,01 a R$ 4.400,00de R$ 31.608,01 a R$ 52.800,00
Faixa 3de R$ 4.400,01 aR$ 8.000,00de R$ 52.800,01 a R$ 96.000,00

Saiba mais: Guia completo do Minha Casa, Minha Vida: saiba como funciona, requisitos e quais são as taxas de juros e os subsídios

Pode vender um apartamento Minha Casa, Minha Vida?

Sim, é possível vender um apartamento financiado pelo programa Minha Casa, Minha Vida. Entretanto, existem algumas condições. 

A principal regra está relacionada ao período de carência estipulado em contrato. Caso o imóvel seja vendido durante os 5 primeiros anos de vigência do financiamento, o vendedor terá que devolver parte proporcional dos subsídios. 

Após esse período, as regras ficam mais flexíveis e dependem da faixa de renda do programa. 

Por exemplo, imóveis adquiridos dentro das faixas 2 e 3 do Minha Casa, Minha Vida podem ser vendidos a qualquer momento, desde que o financiamento seja quitado ou transferido para o comprador. No entanto, o novo proprietário não terá direito aos benefícios do programa.

Já para beneficiários da faixa 1, a venda só é permitida após um período de 10 anos ou mediante a quitação do financiamento. Isso ocorre porque, nessa faixa, os subsídios governamentais cobrem uma boa parcela do valor do imóvel. E é justamente isso que torna a transação mais restrita.

Quais são as condições para vender um apartamento do Minha Casa, Minha Vida?

Imagem de um homem e uma mulher sentados em um sofá conversando com uma agente imobiliária enquanto recebem as chaves de um imóvel para ilustrar matéria sobre apartamento comprado pelo Minha Casa, Minha Vida pode ser vendido?
As regras variam de acordo com a faixa de renda do programa

As condições para vender um apartamento financiado pelo programa Minha Casa, Minha Vida variam de acordo com a faixa de renda no qual ele foi adquirido. Entenda a seguir:

Faixa 1

Se o imóvel foi adquirido na faixa 1, as restrições são mais rígidas. Assim, ele não poderá ser vendido, cedido ou emprestado enquanto o financiamento não for quitado. O contrato geralmente estipula um prazo de até 10 anos. 

Caso o proprietário quite o financiamento antes desse prazo, ele poderá vender o imóvel, mas o comprador deverá arcar com o valor do subsídio concedido pelo Governo. 

Faixas 2 e 3

Para as faixas 2 e 3, a venda do imóvel é permitida a qualquer momento. Dessa forma, o proprietário pode optar por quitar o financiamento ou transferi-lo para o comprador. 

Na segunda opção, a transferência exige uma análise de crédito do comprador, bem como a aprovação do banco e a elaboração de um novo contrato. Nesse cenário, o imóvel deixa de ser vinculado ao programa e os benefícios obtidos não são transferidos ao novo proprietário. 

O que acontece se eu vender o imóvel antes do período de carência?

A venda de um imóvel do Minha Casa, Minha Vida antes do período de carência é uma prática que pode render prejuízos ao vendedor. Isso porque o banco responsável pelo financiamento pode iniciar um processo judicial para cancelar a transação e até mesmo tomar a posse do imóvel. 

Além disso, o vendedor pode ser obrigado a devolver os subsídios recebidos e arcar com multas contratuais. 

Como funciona a venda após o período de carência?

Após o período de carência, o proprietário pode vender a casa ou apartamento com tranquilidade, desde que siga algumas etapas específicas. 

Em primeiro lugar, é necessário quitar qualquer parcela em atraso do financiamento. Além disso, a venda do imóvel deve ser formalizada com autorização da Caixa Econômica Federal. Assim, o banco poderá realizar uma análise para garantir que o contrato original não seja violado. 

Por fim, o comprador não terá direito aos subsídios concedidos e pagará os valores de mercado vigentes. 

Posso vender para qualquer pessoa?

Sim, um apartamento Minha Casa, Minha Vida pode ser vendido para qualquer pessoa, desde que todas as condições contratuais sejam atendidas. Nesse sentido, existem alguns pontos importantes a serem considerados:

Transferência do financiamento

Se o comprador optar por assumir o financiamento do imóvel, ele precisará passar por uma análise de crédito e deve atender aos requisitos da instituição financeira.

Venda direta

Caso o proprietário opte por quitar o financiamento antes da venda, o imóvel pode ser negociado livremente no mercado, sem a necessidade de o comprador se enquadrar nas condições do programa. Aqui, só é importante se atentar à necessidade de devolução dos subsídios.

Restrição dos benefícios

O novo proprietário não terá acesso aos subsídios e condições diferenciadas oferecidas pelo programa Minha Casa, Minha Vida. Assim, a negociação será baseada de acordo com os valores de mercado. 

Como evitar problemas ao vender um imóvel do Minha Casa, Minha Vida?

Imagem de um homem assinando um documento que está em cima de uma mesa e ao lado das chaves de um imóvel para ilustrar matéria sobre se posso vender apartamento do Minha Casa, Minha Vida
O vendedor deve se atentar às regras para evitar programas com o banco responsável pelo financiamento

Para evitar complicações legais ou financeiras de uma casa ou apartamento adquiridos pelo programa Minha Casa, Minha Vida, é importante:

  • Regularizar a situação financeira do imóvel;
  • Garantir que as parcelas do financiamento estão quitadas;
  • Solicitar a autorização da Caixa quando o financiamento ainda estiver;
  • Pagar os impostos e taxas relacionados à venda;
  • Formalizar a venda em cartório e transferir a propriedade para o comprador.

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Conclusão

Um apartamento Minha Casa, Minha Vida pode ser vendido, mas o vendedor deve se atentar às regras e prazos de carência estabelecidos pelo Governo e pela instituição financeira para concluir a negociação. 

Afinal, cada faixa de renda possui limitações próprias, e o descumprimento pode resultar em processos judiciais ou até mesmo na perda da propriedade. 

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