Interveniente anuente: entenda o que é, sua função e quando é necessário em contratos

Descubra tudo sobre a figura jurídica do interveniente anuente, desde sua importância em contratos de financiamento até os casos em que sua participação é essencial para a validação de acordos

Por Redação - 21/10/2024 às 23:24
Atualizado: 22/10/2024 às 09:42
Foto que ilustra matéria sobre interveniente anuente mostra o detalhe das mãos de um homem assinando um contrato (Foto: Shutterstock)

Seja em contratos de compra e venda de imóveis, financiamentos ou negociações empresariais, o interveniente anuente é uma peça-chave para garantir a formalidade e a legalidade do acordo. Ele é a terceira parte que, ao assinar o contrato, concorda com suas condições e se compromete com obrigações específicas, assegurando a continuidade do negócio sem contratempos.

Neste guia, você entenderá a função desse agente, quando ele é exigido e quais os impactos da sua atuação em contratos. Além disso, te explicamos um pouco mais sobre como sua participação pode evitar complicações em processos judiciais e financeiros.

Quer saber quando você precisará de um interveniente anuente em uma negociação? Como ele atua em financiamentos imobiliários? Continue a leitura conosco e tire suas dúvidas!

O que é interveniente anuente?

O interveniente anuente desempenha um papel fundamental em diversas transações, especialmente no mercado imobiliário e financeiro, assegurando que os processos sejam realizados de forma correta e transparente. O termo se refere a uma pessoa física ou jurídica que, apesar de não estar diretamente envolvida na negociação de um contrato, precisa concordar (ou anuir) com as suas disposições para que o negócio seja válido.

Esse conceito é muito comum em contratos imobiliários e financeiros, especialmente em situações que envolvem a alienação de bens ou as garantias sobre a propriedade.

Em contratos de compra e venda, financiamento de imóveis ou operações de crédito com garantia, o interveniente anuente é aquele que autoriza a operação, garantindo que terceiros envolvidos não venham a contestar a validade do contrato.

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O papel do interveniente anuente em um contrato?

Em um contrato, o interveniente anuente atua como um terceiro que precisa dar consentimento formal para que a transação ou modificação contratual seja validada. Por exemplo, em um financiamento imobiliário, o banco pode ser o interveniente anuente, dando o aval para a operação ao financiar a compra do imóvel.

Esse consentimento é essencial para assegurar que o processo esteja em conformidade com a legislação e os termos contratuais.

A figura do interveniente também é requisitada em casos de contratos de gaveta ou outras negociações não formais, onde sua presença confere legitimidade à transação.

Exemplos de contratos

Para você ter uma ideia, listamos aqui alguns exemplos de contratos em que a figura do interveniente anuente é comumente utilizada:

  • Contrato de financiamento imobiliário: Quando um imóvel está sendo financiado e um cônjuge ou terceiro precisa autorizar o negócio para garantir a validade da transação.
  • Contrato de compra e venda de imóvel com alienação fiduciária: O banco que financia o imóvel atua como interveniente anuente para garantir seus direitos sobre o bem até a quitação.
  • Contrato de cessão de direitos: Se o titular dos direitos está cedendo sua posição a outro, o interveniente anuente (como uma instituição financeira) precisa concordar com a transferência.
  • Contrato de empréstimo com garantia hipotecária: O cônjuge do proprietário do bem dado como garantia geralmente atua como interveniente anuente, autorizando o uso do imóvel no acordo.
  • Contrato de locação comercial com alienação de fundo de comércio: Um terceiro, como proprietário do imóvel ou outro credor, pode atuar como interveniente anuente, garantindo que tem ciência da transferência e concorda com ela.

Responsabilidades

De um modo geral, o interveniente anuente tem várias responsabilidades dentro de uma negociação, que incluem:

  • Consentir formalmente a transferência de direitos ou obrigações;
  • Garantir a conformidade legal do contrato;
  • Fornecer consultoria jurídica e orientação para uma das partes envolvidas;
  • Proteger os interesses das partes envolvidas, assegurando que todas as cláusulas sejam respeitadas;
  • Participar de processos de transações financeiras, como financiamentos ou renegociações de dívidas.

Quando é necessário?

O interveniente anuente é mais necessário em situações como:

  • Financiamentos imobiliários, onde o banco faz esse papel;
  • Contratos de gaveta, para garantir a validade de acordos não formalizados oficialmente;
  • Transferências de imóveis ou bens que envolvam hipotecas ou garantias;
  • Processos de divórcio ou dissolução de união, especialmente em casos de partilha de bens.

Diferenças entre anuente e quitante

Apesar de ambos os termos parecerem semelhantes, o interveniente quitante desempenha funções diferentes nos contratos.

Enquanto o anuente apenas autoriza e concorda com a transação sem ser parte direta dela, o quitante tem um papel mais ativo, assumindo a responsabilidade pelo pagamento de um saldo devedor, quitando um financiamento ou dívida.

  • Anuente: Figura que, sem ser parte contratante, consente com os termos do acordo, garantindo ciência e aprovação, como por exemplo, um cônjuge que autoriza a venda de um imóvel financiado.
  • Quitante: Entra no contrato para quitar uma dívida ou saldo, geralmente relacionado a contratos de financiamento imobiliário, como por exemplo, um banco que quita o saldo devedor de um financiamento anterior para liberar a propriedade do bem.

Como o interveniente anuente impacta as negociações?

A participação em uma transação assegura que as partes estão cumprindo todas as exigências legais e contratuais. Esse consentimento adiciona uma camada de segurança ao negócio, prevenindo possíveis disputas futuras e garantindo que todas as partes estejam cientes e de acordo com os termos estabelecidos.

Em situações que envolvem cônjuges, como em casos de regime de bens, o interveniente anuente pode ser necessário para validar a venda ou alienação de um bem.

Por exemplo, em um casamento com regime de comunhão parcial de bens, ambos os cônjuges podem ter que atuar como intervenientes anuentes para aprovar a negociação.

O interveniente anuente é remunerado?

Normalmente, não é remunerado diretamente pela operação, pois sua função é garantir a legalidade e a conformidade da transação.

No entanto, em casos onde o interveniente é um advogado ou consultor especializado, pode haver remuneração pelos serviços prestados, como a consultoria jurídica ou a formalização de documentos.

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