Parcelas decrescentes no financiamento imobiliário: o que são, como calcular, vantagens e desvantagens

Entenda as características do Sistema de Amortização Constante (SAC) e saiba como esse tipo de financiamento pode influenciar nos valores das parcelas ao longo do tempo

Por Redação - 22/08/2024 às 19:31
Atualizado: 11/09/2024 às 16:45
Imagem de um casal deitado de bruços no chão de um imóvel para ilustrar matéria sobre parcelas decrescentes. Eles estão olhando a tela de um computador que também está no chão e em cima de alguns papéis. Atrás do casal estão algumas caixas de papelão

Quem sonha com a casa própria com certeza já pensou em solicitar um financiamento imobiliário. Porém, antes de tomar uma decisão, é importante saber quais são as modalidades de crédito disponíveis para escolher a que melhor se encaixa na sua realidade financeira. Entre as opções, as parcelas decrescentes podem ser as mais vantajosas. 

Afinal, esse sistema de amortização pode ser ideal para quem deseja diminuir os gastos mensais com o financiamento ao ter as parcelas reduzidas ao longo do tempo. Todavia, para que isso aconteça, o primeiro passo é conhecer as características deste tipo de pagamento e elaborar um bom planejamento financeiro. 

Quer saber mais sobre o assunto? Então, continue a leitura deste artigo para entender o que é parcela decrescente, como fazer o cálculo e em quais situações essa pode ser a melhor opção. 

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Leia também: Conheça os principais tipos de financiamento imobiliário e tire todas as suas dúvidas sobre cada modalidade de crédito

O que são parcelas decrescentes?

Imagem de uma pessoa fazendo contas em uma calculadora branca para ilustrar matéria sobre o que é parcela decrescente. Atrás da calculadora estão algumas moedas, papéis e uma casa em tamanho miniatura
A parcela decrescente é característica do SAC, uma modalidade onde os valores das prestações de um financiamento vão diminuindo ao longo do tempo

As parcelas decrescentes são uma das principais características do Sistema de Amortização Constante (SAC), um tipo de parcelamento onde os valores começam mais altos e vão diminuindo gradualmente conforme o saldo devedor é amortizado.

Em outras palavras, o valor das parcelas do financiamento imobiliário são maiores no início do contrato, mas se tornam menores com o passar dos meses. 

Isso acontece porque a amortização da dívida – ou seja, o pagamento -, acontece todos os meses de forma constante, mas os juros que incidem sobre o saldo devedor vão diminuindo de acordo com a quitação das prestações. 

Essa é uma das escolhas mais populares entre os compradores de imóveis no Brasil. Afinal, embora o comprador pague mais nas primeiras prestações, os juros totais pagos durante o financiamento vão reduzindo, o que resulta em uma economia em relação aos juros ao longo do tempo.

Como as parcelas decrescentes funcionam?

Em um financiamento imobiliário, as parcelas decrescentes se baseiam no Sistema de Amortização Constante (SAC). 

Nessa modalidade, o valor da amortização da dívida permanece constante durante o período do contrato, mas os juros que são calculados em cima do saldo devedor diminuem à medida em que a dívida é paga. 

Vamos entender isso em etapas:

Amortização constante

Em primeiro lugar, a amortização é o valor que abate a dívida principal, ou seja, o pagamento recorrente de uma dívida por meio de prestações mensais. No SAC, esse valor é fixo em todas as parcelas. 

Por exemplo, se o financiamento de um imóvel é de R$ 240.000,00 e o prazo é de 240 meses, a amortização será de R$ 1.000,00 por mês. 

Cálculo dos juros

Os juros são calculados sobre o saldo devedor restante. Nesse sentido, levando em consideração que o saldo devedor é maior no início do financiamento, então os juros também serão mais altos. 

Entretanto, com o passar do tempo, o saldo devedor diminui e, consequentemente, os juros também caem. 

Parcela total

Em resumo, o valor total da parcela é a soma da amortização fixa com os juros variáveis. Por isso, as parcelas são maiores no início e vão diminuindo ao longo do tempo.

Quais são os três tipos de financiamento?

Imagem de um casal sentado no sofá de uma casa analisando informações em uma caderneta para ilustrar matéria sobre parcelas decrescentes ou fixas. Na frente do casal está uma mesinha de centro com alguns objetos em cima, como uma planta suculenta, uma casa em tamanho miniatura e alguns papéis
Enquanto as parcelas são decrescentes no SAC, as prestações têm um valor fixo do início ao fim do financiamento no Sistema Price

Além do SAC, também existem outros sistemas de financiamento imobiliário no Brasil: o Price e o Sacre. Cada um deles tem características específicas que impactam o valor das parcelas e o total de juros pagos ao longo do tempo. 

SAC

O Sistema de Amortização Constante (SAC), conforme explicado acima, é o sistema que utiliza parcelas decrescentes. Nele, a amortização do saldo devedor é constante e os juros diminuem ao longo do tempo. 

De modo geral, essa é uma escolha popular no país por ter uma estrutura de pagamento onde as parcelas que começam altas terminam mais baixas, o que facilita o planejamento financeiro e reduz o valor total de juros pagos. 

Price

Por outro lado, o Sistema Francês de Amortização, ou Price, oferece parcelas fixas durante todo o período de financiamento. Ou seja, o valor das prestações não muda nessa modalidade de financiamento, mas a composição de amortização e juros alteram ao longo do tempo. 

Assim, no início, a maior parte do valor da parcela é composta por juros e a amortização é menor. Com o passar do tempo, a amortização aumenta e os juros diminuem. 

Acontece que embora o sistema Price permita uma previsibilidade nas finanças – uma vez que o valor pago sempre é o mesmo -, esse tipo de financiamento pode resultar em um custo total maior com o pagamento de juros. 

Sacre

Agora, o Sistema de Amortização Crescente (SACRE) é uma combinação do SAC e Price. Dessa forma, as parcelas começam maiores no início do financiamento e terminam com valores menores. Justamente por isso, essa é uma modalidade menos comum.

SAC ou Price: qual é melhor?

Se você quer saber qual a melhor opção entre SAC ou Price para o seu financiamento imobiliário, a resposta é: depende. Isso porque o sistema de parcelas decrescentes é ideal para quem pode pagar valores iniciais mais altos e deseja economizar em juros ao longo do tempo. 

Já o Price é mais adequado para quem prefere estabilidade nas parcelas. Por isso, tudo depende do perfil financeiro e dos objetivos a longo prazo de cada comprador. 

Leia mais: Tabela Price ou SAC: Qual é melhor para financiamento imobiliário?

Como fazer o cálculo de parcelas decrescentes de um financiamento?

Agora que você entende o que são parcelas decrescentes e quais são as outras modalidades de financiamento disponíveis no Brasil, vamos a uma etapa importante: como calcular as parcelas decrescentes. 

Para isso, você precisa entender que o cálculo envolve tanto os valores de amortização – que é o saldo devedor total dividido em parcelas -, quanto os juros.

1. Determine a amortização

Em primeiro lugar, divida o valor total financiado pelo número de meses do financiamento. 

Para facilitar, vamos usar o exemplo citado acima: imagine que você irá comprar um imóvel no valor de R$ 240 mil reais e que esse valor será parcelado em 240 meses. Nesse sentido, dividindo o valor com a quantidade de prestações, a amortização mensal será de R$ 1 mil reais. 

2. Calcule os juros do primeiro mês de pagamento

Agora, lembre-se que os juros são calculados sobre o saldo devedor restante. Assim, no primeiro mês, o saldo devedor é de R$ 240 mil. Se a taxa de juros é de 1% ao mês, os juros serão de R$ 2.400 reais. 

3. Some a amortização e os juros

A primeira parcela será a soma da amortização de R$ 1.000,00 com os juros de R$ 2.400,00. Dessa forma, o valor da primeira parcela será de R$ 3.400,00

4. Repita o processo para os meses seguintes

No segundo mês, o saldo devedor será de R$ 239.000,00, então os juros serão de R$ 2.390,00. Nesse sentido, a segunda parcela custará R$ 3.390,00. 

Seguindo essa lógica, a última parcela do financiamento será de R$ 1.010,00 (soma da última amortização de R$ 1.000,00 mais os juros de R$ 10 reais).

Como calcular juros de parcelas decrescentes?

Imagem de uma mulher sentada na mesa da cozinha de uma casa fazendo contas e olhando as informações em um papel para ilustrar matéria sobre como calcular parcelas decrescentes. Em cima da mesa estão frutas, um notebook, calculadora, celular e papéis. Atrás da mulher, está um balcão de cozinha com objetos em cima
No SAC, os juros serão maiores nas primeiras prestações e menores ao final do pagamento da dívida

O cálculo dos juros em parcelas decrescentes segue a fórmula básica de juros simples aplicados ao saldo devedor restante: 

Saldo devedor x Taxa de juros = Juros

Usando o exemplo anterior, se o saldo devedor é de R$ 240.000,00 e a taxa de juros é 1% ao mês, os juros do primeiro mês serão R$ 2.400,00. 

Como calcular o financiamento de maneira simples

Você não precisa fazer contas manuais de todos os meses do seu financiamento para saber quanto vai gastar. Afinal, o simulador de financiamento on-line do QuintoAndar faz isso de forma gratuita para você. 

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Vantagens das parcelas decrescentes

Imagem de uma pessoa fazendo contas em uma calculadora e anotando os resultados em um papel com uma caneta preta para ilustrar matéria sobre as vantagens e desvantagens das parcelas decrescentes em um financiamento imobiliário. Na mesa em que o homem está fazendo as contas também estão as plantas de um imóvel, um celular e uma trena
Na hora de escolher a melhor modalidade de financiamento, tudo vai depender do seu orçamento e objetivos a longo prazo

Agora que você sabe como calcular parcelas decrescentes, ficou mais fácil entender que o Sistema de Amortização Constante (SAC) é uma modalidade que proporciona economia a longo prazo. 

Confira abaixo outras vantagens:

1. Parcelas decrescentes

A primeira vantagem é, na verdade, uma das características mais atrativas do SAC: o valor das parcelas vai diminuindo ao longo do tempo. 

Como as parcelas decrescentes amortizam o saldo devedor mais rapidamente, os juros totais pagos são menores em comparação com sistemas de parcelas fixas, como é o caso do Price.

2. Menos juros

Com a amortização constante, o saldo devedor diminui ao longo do tempo. Isso significa que você pagará menos em juros durante o financiamento imobiliário. 

3. Facilidade para quitar o financiamento

Se você se programou financeiramente para arcar com parcelas mais altas no início do financiamento, lembre-se que quitar a dívida antecipadamente ao longo do tempo é uma possibilidade real.

Desvantagens das parcelas decrescentes

Embora existam várias vantagens, esse é um sistema que beneficia especialmente quem pode arcar com parcelas iniciais mais altas. E é justamente por isso que exige um planejamento financeiro para lidar com contas mais pesadas nos primeiros anos do financiamento. 

Veja abaixo as desvantagens:

1. Comprometimento de renda

As parcelas iniciais mais altas podem ser um desafio para quem não possui folga no orçamento. Inclusive, isso pode comprometer uma parte significativa da renda familiar e limitar a capacidade de lidar com outros compromissos financeiros. 

2. Menor flexibilidade

Além disso, o Sistema de Amortização Crescente (SAC) é menos flexível em comparação com outras modalidades. Isso pode não ser ideal para todos os perfis financeiros. 

Além disso, se houver mudança inesperada na renda, como perda de emprego ou aumento de despesas, o custo com as parcelas iniciais pode dificultar a adaptação do orçamento familiar. 

3. Possibilidade de restrição

Como as parcelas iniciais são mais altas, nem todos os compradores conseguem encaixar essa modalidade de financiamento no orçamento. Quem tem as despesas mais apertadas, por exemplo, pode precisar optar por sistemas com parcelas menores no início, como o Price.

Seu financiamento com as menores taxas de juros

As parcelas decrescentes são uma opção interessante para quem deseja economizar em juros e está disposto a arcar com valores mais altos nos primeiros anos de pagamento de um financiamento imobiliário. 

Então, agora que você sabe como o SAC funciona, quais são as características dessa modalidade e como calcular as parcelas, o próximo passo é contar com o QuintoAndar para conquistar a casa dos seus sonhos. 

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