Como é morar em Copacabana

Turistas salgados de praia, ambulantes num leva e traz incessante, carros, motos, bicicletas, praia, senhorinhas e jovens passeando com cachorros, estudantes, pessoas correndo na orla, gente correndo atrás do ônibus, samba no boteco, mega eventos na praia. Copacabana é um dos bairros mais pulsantes do Rio de Janeiro e que vai muito além do calçadão mais famoso do Brasil. 

Quem decide morar em “Copa” escolhe viver onde praticamente tudo acontece. Mesmo nas ruas mais tranquilas (sim, elas existem!), toda a agitação do bairro está sempre a poucos passos. Do Posto 2 ao Posto 6 da praia até a divisa com Ipanema, Leme e Botafogo, os infinitos prédios construídos “parede com parede” abrigam a maior densidade populacional da Zona Sul.

“Morar em Copacabana é um estilo de vida, é uma escolha de vida. É saber que aqui tem de tudo um pouco e um pouco de tudo, além do nascer do sol na praia que faz a energia se renovar todos os dias”, resume Mariana Sarmento, 27 anos, moradora de Copacabana desde 2017. 

Quem mora em Copacabana tem praticamente todo o tipo de serviço ao alcance das mãos. O bairro tem um vasto comércio de rua, com lojas de souvenirs para turistas povoando as calçadas lado a lado com o comércio de quase tudo que se possa imaginar: roupas, brinquedos, sapatos, material para construção, floriculturas, bolsas, produtos de beleza, alimentos e decoração. 

Entre os serviços disponíveis, também há algumas redes de supermercado, três hospitais (dois da Rede São Luiz: Copa D’Or e Copa Star, além do Hospital São Lucas), bancos, redes de academia, farmácias, cafés e padarias.

Não espere monotonia ao viver em Copacabana: o agito faz parte do cotidiano do bairro, casa do calçadão mais famoso do Brasil e de uma das praias mais populares do mundo. A vida ao ar livre é algo comum para quem vive em Copa. 

A orla conta com ciclovia bastante movimentada e as areias são espaço garantido para a prática esportiva. Apesar da vocação pelo sol, Copacabana não é um bairro que acorda cedo. Muitos cafés e restaurantes abrem mais tarde do que em outras áreas da cidade e fecham também em horário estendido. A boemia, aliás, é parte das calçadas e ruas de Copacabana. Bares como os tradicionais Adega Pérola e Pavão Azul, fazem a alegria de cariocas e turistas o ano todo, com chope gelado e comidinhas como a patanisca de bacalhau e outras iguarias do fundo do mar. O bar Bip Bip é outro ponto de encontro do bairro e reúne amantes do choro e do samba para cantar e beber madrugada a dentro.

Bairro Peixoto

Toda a agitação de Copacabana parece dar uma pausa quando você chega ao Peixoto, um sub-bairro de Copa, próximo à estação Siqueira Campos. Lá, o trânsito intenso dá uma trégua, o vai e vem de pessoas é menor e é possível escutar o canto dos passarinhos pela manhã. 

Às quartas e sábados, uma feira-livre ocupa a Praça Edmundo Bittencourt e reúne moradores em busca de produtos frescos. Quem gosta de feiras mas não mora no Peixoto, tem outras opções em Copa: às quintas, as compras podem ser feitas entre as ruas Ronald de Carvalho e Ministro Viveiros de Castro (próximas à estação Cardeal Arcoverde). Nos finais de semana, a Praça do Lido (na altura do posto 2) e a Rua Rainha Elizabeth (posto 6) também reúnem alguns feirantes e garantem o pastel com caldo de cana.

Teatros e casas de espetáculo

Quem gosta de boa música e peças teatrais vê Copacabana como endereço certo. O bairro, de vida cultural agitada, tem opções históricas, como o Teatro Princesa Isabel e a Sala Baden Powell, e mais modernas como o Theatro Claro Rio e o Sesc Copacabana. 

As crianças também são contempladas com o simpático Teatro Brigitte Blair, especializado em peças teatrais para os pequenos. 

Réveillon em Copacabana

Apresentada como o maior réveillon do mundo, a festa nas areias de Copacabana é uma marca do Rio de Janeiro. O evento, que começou como um encontro religioso e de resistência de devotos de religiões de origem africana até a década de 80, se tornou um grande espetáculo que atrai turistas, cariocas, moradores de Copa ou não. 

Tamanha festa muda um pouco a rotina de quem vive no bairro. No dia 31, o grande número de pessoas nas ruas pode tornar mais difícil usar serviços como bancos e mercados. O trânsito na região também muda e o ir e vir do bairro pode se tornar um desafio à paciência. Nada que não seja compensado pela emoção da queima de fogos à meia noite.