Caminho dos museus e centros culturais

Ao olhar o mapa do Centro Histórico de Porto Alegre há um pequeno trecho com uma característica muito especial: em pouco mais de um quilômetro encontramos sete museus e centros culturais. Começando pelo Espaço Força e Luz até chegar ao Museu do Trabalho, ambos na Rua dos Andradas, no coração do centro, o roteiro pode ser extremamente rico e inspirador.

Chegando ao número 1.223 da Rua dos Andradas, encontramos o Edifício Força e Luz, construído na década de 1920 em estilo eclético. Desde 2002, o local abriga um centro cultural que conta com salas de exposições, auditório, biblioteca, sala para oficinas e café.

O Espaço Força e Luz Energia Cultural também é sede do Museu da Eletricidade do RS, pioneiro no Brasil sobre o tema, e do Memorial Erico Verissimo. A programação é variada e conta com exposições de arte, espetáculos de teatro, saraus literários, seminários, oficinas e espetáculos musicais, com diversas atividades com entrada franca.

Uma praça e três museus

Atravessando a Praça da Alfândega, chegamos ao Farol Santander Porto Alegre, instalado no prédio do antigo Banco Nacional do Comércio, que data de 1931. O centro de cultura, lazer e gastronomia foi inaugurado em 2001 e tem acervo de memória, sala de cinema e espaços gastronômicos – inclusive um café dentro do antigo cofre. Obras de grandes nomes da arte como Miró e Picasso já foram exibidas no local, que costuma promover uma eclética programação de mostras de arte, shows e filmes. 

Seguindo pela Praça, embarcamos em uma viagem pela história no Memorial do RS. O antigo prédio dos Correios e Telégrafos é um dos mais belos e importantes edifícios históricos de Porto Alegre. O Memorial é o centro de informação e divulgação da história do Estado, reunindo documentos, objetos, mapas, fotos e livros, entre outros registros sobre a história do Rio Grande do Sul, além de contar com o Museu Postal.

Alguns passos adiante e entramos no Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS). O principal museu de arte gaúcho foi criado em 1954 e possui acervo com mais de 5 mil obras, desde a primeira metade do século 19 até os dias de hoje. Também conta com um Acervo Documental com mais de 8 mil publicações bibliográficas e 5 mil pastas com documentos sobre a trajetória de artistas e a história da cena da arte no País.

Prédios históricos abrigam arte, memória e cultura

De volta à Rua dos Andradas, encontramos o Museu da Comunicação Hipólito José da Costa, instituição voltada à conservação, pesquisa e divulgação da história da comunicação social. A instituição ocupa a antiga sede do jornal A Federação, prédio construído em 1922, e possui no seu acervo coleções completas de jornais e revistas, com cerca de 8 mil títulos, além de itens relacionados à imagem e ao som (fotografia, cinema, rádio, televisão e vídeo) e peças gráficas que recuperam a memória da publicidade e da propaganda.

No penúltimo ponto desse caminho dos museus, está um dos prédios mais charmosos e icônicos de Porto Alegre: a Casa de Cultura Mario Quintana. O antigo Hotel Majestic, que foi habitado pelo poeta Mario Quintana de 1968 a 1980, transformou-se em centro cultural em 1990 e abriga diversos espaços culturais, incluindo bibliotecas, teatros, acervos, discoteca, salas de cinema e multiuso e o Museu de Arte Contemporânea do RS. Além da intensa programação artística, o local também tem livraria e bares – um deles no último andar do prédio, com uma vista incrível para a cidade.

São mais de 30 espaços culturais na cidade

Já no número 230 da Andradas fica o Museu do Trabalho. Fundado em 1982, o espaço possui ateliê de gravura e sala para exposições temporárias e eventos, além de um teatro. Seu acervo é constituído por máquinas, instrumentos de trabalho, fotografias, documentos e outros materiais relacionados a atividades produtivas no Estado.

Mas as possibilidades de encontros com a memória e a arte não se limitam a esse roteiro: Porto Alegre conta com mais de 30 espaços entre museus, centros culturais e galerias esperando pela sua visita. Coloque um calçado confortável e divirta-se.

Créditos de imagem - Destaque: Letícia Remião | Galeria: Gabriel Barros