Bolsa de Arte

Quando estiver flanando pelo Quarto Distrito, reserve um tempo para entrar na galeria Bolsa de Arte e refrescar o olhar com obras do seu acervo permanente ou de alguma mostra temporária – a programação costuma ser muito boa. O espaço abriu suas portas em 1980, originalmente no bairro Moinhos de Vento. Desde então, tornou-se referência em Porto Alegre para a produção artística contemporânea, mudando-se em 2011 para o bairro Floresta.

“Sem falsa modéstia, acho que contribuímos muito com o cenário das artes plásticas da cidade, como também arriscamos novo local fora do eixo esperado, num bairro que quase nada tinha de cultural aberto ao público. Um grande espaço de galeria como a nossa iniciou um novo perfil no Quarto Distrito. Fico feliz com esse passo que na época foi ousado”, afirma Marga Pasquali, proprietária há 43 anos da Bolsa de Arte. A importância da galeria não se restringe apenas a Porto Alegre: em 2014, o espaço abriu uma filial em São Paulo, na Vila Madalena.

O reconhecimento da Bolsa de Arte vem das mais de 300 exposições e participações em feiras de arte no Brasil e no exterior. Mas, claro, também dos artistas que ela representa: desde o consagrado Nelson Leirner, com suas obras divertidas e repletas de irreverência, até Fábio Zimbres, que leva para as telas sua linguagem de quadrinista. “Trouxemos para a capital gaúcha um elenco nacional de artistas como Antonio Dias, Saint Clair Cemin, Gilvan Samico, Ismael Nery, Regina Silveira por várias vezes, Carlos Vergara, Angelo Venosa, Cristina Canale, José Bechara e muitos outros, além de representar nossos melhores artistas aqui do Rio Grande do Sul”, lembra a galerista.

Marga destaca ainda o que considera as principais mudanças no panorama local das artes nessas mais de quatro décadas à frente da Bolsa. “Maior profissionalismo dos artistas e espaços institucionais administrados com compromisso e competência.”

Crédito de imagens: Site_Bolsa de Arte