Garden Zona Sul

O Garden Zona Sul, na Tristeza, oferece muitas opções de petiscos, que são degustados em ampla esplanada, ao som de música ao vivo, acompanhados de cervejas, vinhos, espumantes e drinques. Mas de todo o cardápio o maior sucesso da casa é o bauru, que o proprietário fez questão de ir a Pelotas experimentar e trazer a receita fiel.

Mas por que o bauru de Pelotas?

Existe uma questão filosófica indissolúvel entre os moradores do Rio Grande do Sul: qual o melhor bauru do Estado? Aqui, veja bem, não estamos falando do onipresente xis, igualmente merecedor de louvores, mas que leva em sua composição variada gama de possibilidades e ingredientes como ervilha e milho, inaceitáveis em um autêntico bauru.

Para conceituar, bauru é uma iguaria mais sóbria, um pouco menor e que expressa uma alquimia de poucos compostos que, juntos, abrem as portas do paraíso: bife de filé, alface novinha, tomate, ovo e opcionais como uma fatia de queijo muçarela e cebola dourada. Indispensável para definir a alma do bauru é a maionese, obrigatoriamente caseira, cujo segredo ninguém revela. Ela arremata os sabores e faz da experiência de um bauru algo sublime, digno de uma noite de boteco.

Feita a necessária contextualização, é hora de esclarecer a celeuma: em Porto Alegre, o bauru normalmente é feito com pão cervejinha, um pão de trigo parecido com o cacetinho, de casca crocante e arrematado com farinha de milho grossa, em formato de broa. Já na Zona Sul do Estado, em cidades como Rio Grande, Pelotas e Bagé, o bauru é feito com um pão mais macio, como o do xis, que prensado na chapa, ganha casquinha crocante. E aí está a briga: qual o melhor bauru? De Porto Alegre ou da Zona Sul do Estado? Na verdade, se bem feito, os dois são muito bons. 

Mas o Garden tomou partido e prefere seguir a receita de Pelotas. E, mesmo sendo menor do que o xis, o bauru da casa satisfaz, e muito bem, qualquer fome. Outro ponto tri legal do Garden é que pode até levar os pets para botecar junto.

Créditos de imagem: Instagram_Garden Zona Sul