Museu Julio de Castilhos
Rua Duque de Caxias, 1205 - Centro Histórico
Com acervo de mais de 10 mil peças, o casarão do ex-governador positivista revela o cotidiano de pessoas que lutaram na Guerra dos Farrapos
O mais antigo museu do Rio Grande do Sul guarda diversos tesouros da história do estado e de Porto Alegre. Fundado em 30 de janeiro de 1903, o então Museu do Estado passou a se chamar Museu Julio de Castilhos em 1907, em homenagem ao ex-governador positivista. A sede é a casa do próprio Castilhos, que viveu com sua família no local de 1889 até seu falecimento.
Inicialmente o museu contava com coleções de zoologia, botânica e mineral, artefatos indígenas, objetos pessoais, maquinaria e obras de arte, que nos anos 1950 foram desmembradas e deram origem ao Museu de História Natural (atual Museu da Fundação Zoobotânica), ao Museu de Arte (atual Margs) e ao Arquivo Histórico do Estado.
Pelos cômodos onde moraram Julio, Honorina e seus filhos, o visitante descobre como viviam as pessoas que lutaram na Guerra dos Farrapos, sobre a rotina dos indígenas nas Missões Jesuíticas e outros episódios da história dos gaúchos por meio do acervo de mais de dez mil peças dividido em 29 coleções: armaria, arquitetura, arreios, arte náutica, bandeiras, bibliografia, condecorações, documentos, escravatura, etnologia, filatelia, indumentária, instrumentos musicais e de trabalho, máquinas, medalhas, mobiliário, objetos decorativos e de uso pessoal, utensílios domésticos e até viaturas.
A visita pode terminar no jardim ou no café, onde está exposto o famoso par de “botas do gigante”. Um dos itens mais conhecidos do acervo, pertencia a Francisco Ângelo Guerreiro, um “gigante” de 2,17 metros, nascido em 1900, em Cruz Alta, Rio Grande do Sul. E chama a atenção pelo tamanho, que equivale a um calçado número 56.
Além da visita ao museu, vale a pena participar do evento “Os Caminhos da Matriz”, que acontece no último sábado de cada mês. Trata-se de uma caminhada gratuita que dura cerca de três horas e que passa por diversos prédios históricos da região central de Porto Alegre. Entre eles, os Memoriais do Arquivo Público, a Assembleia Legislativa, a cúpula da Catedral Metropolitana e a Biblioteca Pública. Para participar não precisa fazer inscrição nem agendamento prévio.
Crédito de imagens: Divulgação_Museu Júlio de Castilhos