Como é morar em Rio Vermelho

O Rio Vermelho está localizado entre Ondina e Amaralina e é um dos bairros mais boêmios de Salvador. Suas ruas são cheias de vida, com moradores e turistas aproveitando as atrações do local: largos, bares, clubes, igrejas e santuários, além das praias.

A professora Valquíria Lima, de 38 anos, se lembra da data exata em que se mudou para lá: 8 de dezembro de 2020. “Eu escolhi o Rio Vermelho para morar por causa de Dona Iemanjá, vim em busca de ficar perto do mar e eu gosto muito de como as pessoas daqui comemoram o 2 de fevereiro”, explica ela, referindo-se à data que celebra a divindade.

O Rio Vermelho oferece uma boa estrutura aos seus moradores. Mercadinhos, farmácias, academias e outros serviços do dia a dia são encontrados ali. “Gosto muito de ir às padarias e cafés”, diz a professora Valquíria, que também destaca os restaurantes da área. Além das casas de comida baiana, claro, dá para provar culinárias de outros países, como Espanha, México e Itália. 

O Rio Vermelho é repleto de atrações para quem gosta de curtir a noite, com muitos bares e restaurantes. Os largos da Mariquita e de Santana ficam repletos de pessoas quase todos os dias da semana. Elas se reúnem a partir do fim da tarde para beber cerveja, ouvir música e comer acarajé: no primeiro largo fica o tabuleiro de Cira e, no segundo, o de Dinha.

Quem gosta de praia está bem servido: as duas principais são a da Paciência e a do Buracão. A primeira costuma ter águas mais tranquilas e piscinas naturais onde as crianças se esbaldam. A segunda, de mar mais agitado, é procurada por surfistas e jovens que frequentam um bar ‘pé na areia’ bastante famoso na cidade. Ao longo da orla é comum ver pessoas praticando atividades físicas e ainda há uma ciclovia que liga a região a outros bairros.

Tradições religiosas

A religiosidade é muito forte. Além das tradicionais Igreja de Santana e Paróquia de Santana, ali também fica localizada a Casa de Iemanjá. E é no dia 2 de fevereiro que acontece a maior festa do Rio Vermelho: o Dia de Iemanjá. 

A tradição começou em 1923, quando um grupo de pescadores, preocupados com a escassez de peixes, ofereceu presentes à mãe das águas. Desde então, as ruas do bairro ficam apinhadas de gente na véspera e no dia da divindade. Diversas barracas de bebidas e comidas são espalhadas pelas calçadas e os rituais são repetidos com muita fé. Também há diversos shows e apresentações artísticas.